A Copa do Mundo do Catar 2022 deu à Argentina o direito de estampar a terceira estrela em seu peito. Conquistado após uma das maiores finais de mundiais, o título teve como protagonista Lionel Messi, o grande responsável por liderar seu país no caminho rumo à glória. Passados 28 dias de competição, O POVO conta a história deste mundial em números e em gráficos.
Para chegar à conquista de sua terceira copa, os hermanos começaram a campanha perdendo logo na estreia do grupo C para a Arábia Saudita, por 2 a 1. Depois disso, uma sequência quase perfeita até a final, passando por México, Polônia, Austrália, Holanda e Croácia, até duelar na grande decisão diante da atual campeã França.
Após uma vitória por 4 a 2 nos pênaltis de uma partida empatada em 3 a 3 nos tempos regulamentar e extra, a Albiceleste encerrou sua participação vitoriosa de maneira bem efetiva atrás e na frente. Em sete partidas, marcou 15 gols, ficando atrás apenas da própria França, que balançou as redes adversárias em 16 oportunidades. Ambas equipes sofreram 8 gols.
De modo geral, a Copa de 2022 se tornou a edição com ataques mais efetivos da história, com 172 gols marcados em 64 partidas. A média foi de 2,6 gols por jogo. As Copas de 1998 (na França) e de 2014 (no Brasil) vêm logo na sequência, com 171 gols.
Com primeiros tempos geralmente truncados, equipes se analisando mais e sem muitas oportunidades, uma mesma tendência seguiu durante toda a competição: a de segundos tempos mais movimentados. Para se ter ideia, 58,72% dos gols foram marcados na segunda etapa, o que representa 101 gols.
Acostumados a balançar as redes, os ataques estão entre os principais artilheiros da competição. O destaque ofensivo vai para as finalistas Argentina e França, que contam com os quatro principais goleadores da edição em seus elencos. Sozinhos Kylian Mbappé, Lionel Messi, Olivier Giroud e Julián Álvarez marcaram 23 gols.
Sobre os rivais no domingo, 18 de dezembro, e companheiros de Paris Saint-Germain no restante da temporada, Mbappé e Messi fizeram história. O francês se tornou o maior artilheiro de finais de Copas, com quatro gols, sendo o segundo na história a marcar um hat-trick em uma final.
Messi, por sua vez, entrou para história ao ser o único jogador a balançar as redes em todas as fases da disputa: fase de grupos, oitavas, quartas, semifinal e final. Ele também é recordista de mais jogos de Copas disputados, 26 partidas, somando 2.314 minutos.
O baixo desempenho da Seleção Brasileira também foi um destaque na Copa do Mundo do Catar 2022. Novamente eliminada para uma equipe europeia, a Canarinho está em seu maior período sem conquista de mundial, igualando o intervalo que antecedeu o tricampeonato de 1970, quando também ficou cinco edições sem conquistas.
Com mais uma decepção, o Brasil é dono agora do terceiro maior jejum de títulos entre campeões mundiais. Com 20 anos na fila, a seleção verde e amarela supera apenas Inglaterra e Uruguai, que estão há 56 e 72 anos sem a glória do topo do futebol mundial. A recém-campeã Argentina quebrou um período de 36 anos sem títulos.
Ainda assim, o Brasil segue com o maior campeão de Copas do Mundo, com cinco conquistas.