A caminhada até os 100 anos do O POVO começou. Será em uma sexta-feira, justinho daqui a 1.095 dias. Trinta e seis folhas de calendário passarão, 1.083 edições de jornal fresquinho serão publicadas.
São três anos para o centenário. Três anos que uma amálgama fina reúne o peso de um século inteiro e a leveza de uma brincadeira de criança: três, dois, um, meia e já. Passado, presente e futuro juntos em um jornal que atravessa mais de nove décadas, celebra hoje os 97 anos e dá o primeiro passo até o porvir.
Nestes 97 anos, seguimos no papel e viramos online, também; reunimos mais de 1 milhão de inscritos no YouTube, quase 2 milhões no Instagram. Alcançamos cada vez mais pessoas no Ceará, no Brasil e no mundo que bem se informam por um jornal idealizado e concretizado por Demócrito Rocha, em 1928.
Que noticiou guerras, atravessou governos, reportou uma ditadura militar; publicou mais de duas mil crônicas de Rachel de Queiroz; acompanhou a peleja de secas e viu se erguer um Castanhão; vibrou com cinco títulos mundiais de futebol; navegou por uma pandemia; celebra hoje o primeiro Globo de Ouro de uma mulher brasileira; e é lume da liberdade de imprensa e do jornalismo profissional quando a desinformação se alastra e se refina.
Para começarmos a contar os três anos, convidamos três jornalistas a refletir sobre O POVO e o papel do jornalismo.
São mulheres que vivenciam o jornalismo na esteira de uma conquista que completa 70 anos. Em 1955, Adísia Sá deu início à carreira no jornalismo, pelo jornal Gazeta de Notícias, tornando-se a primeira mulher a integrar a redação de um jornal no Ceará e a primeira mulher repórter policial. Sete décadas vivenciadas em grande parte no O POVO.
Ana Márcia Diógenes trata da conversa cotidiana do O POVO com os muitos entes da sociedade e como esses diálogos podem ampliar a compreensão sobre as dimensões do viver.
Regina Ribeiro tece a trama do O POVO com a arte, quando ambos dão a possibilidade de instigar o pensamento.
Catalina Leite levanta o debate de onde o jornalismo do O POVO estará daqui para frente e questiona: como nossa expertise investigativa, plural, multifatorial será implementada?
Três olhares para abarcar os 97 anos e os três que virão. Três anos em que continuaremos a caminhada tendo como certo que a cada passo o mundo sai do lugar. Quando rebentar o centenário, O POVO vai reportar um mundo diferente. Aproveitemos, então, a jornada.