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Silenciosas, mas perigosas: o desafio de tratar hérnias abdominais
Reportagem Especial

Silenciosas, mas perigosas: o desafio de tratar hérnias abdominais

Distúrbio atinge até 25% da população brasileira e, embora muitas vezes assintomático, pode levar a complicações graves. Especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce e do acesso às cirurgias

Silenciosas, mas perigosas: o desafio de tratar hérnias abdominais

Distúrbio atinge até 25% da população brasileira e, embora muitas vezes assintomático, pode levar a complicações graves. Especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce e do acesso às cirurgias
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Elas chegam sem alarde. Um pequeno abaulamento na barriga, um desconforto ao levantar peso, uma dor incômoda ao permanecer sentado por muito tempo. Sinais que, à primeira vista, parecem inofensivos, mas que escondem uma das doenças mais comuns e, paradoxalmente, mais negligenciadas: as hérnias abdominais.

Hérnia abdominal é o escape (protusão) parcial ou total de um ou mais órgãos por um orifício que se abre, por má formação ou por enfraquecimento nas camadas de tecido protetoras dos órgãos internos do abdômen. Entre os tipos mais comuns está a hérnia umbilical, que manifesta-se como na imagem(Foto: Reprodução/Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH))
Foto: Reprodução/Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH) Hérnia abdominal é o escape (protusão) parcial ou total de um ou mais órgãos por um orifício que se abre, por má formação ou por enfraquecimento nas camadas de tecido protetoras dos órgãos internos do abdômen. Entre os tipos mais comuns está a hérnia umbilical, que manifesta-se como na imagem

Estimativas indicam que entre 20% e 25% da população mundial apresentará algum tipo de hérnia ao longo da vida. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal (SBH), são aproximadamente 28 milhões de pessoas vivendo com essa condição — muitas sem sequer saber.

Recentemente, o tema ganhou destaque com a cirurgia de correção de hérnia abdominal do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que trouxe à tona a relevância do diagnóstico e do tratamento precoce.

Hérnia de Jair Bolsonaro surgiu após a facada em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG)(Foto: Raysa Leita / AFP)
Foto: Raysa Leita / AFP Hérnia de Jair Bolsonaro surgiu após a facada em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG)

Embora pouco discutido, esse distúrbio pode afetar drasticamente a qualidade de vida e, em casos extremos, colocar vidas em risco.

Mas afinal, o que são, de onde vêm e como se tratam as hérnias abdominais? Para responder a essas perguntas, O POVO+ ouviu especialistas e pacientes, percorreu centros de referência e desvendou as múltiplas camadas desse desafio para a saúde pública.

 

 

Hérnias da parede abdominal: sintomas, diagnóstico e tratamento

“Uma hérnia abdominal é um defeito na parede abdominal. É como se fosse um buraquinho, um furinho. Por esse defeito, estruturas normais do corpo podem passar e ficar às vezes palpáveis, visíveis, causando dor local”, explica o cirurgião Gustavo Soares, presidente da SBH.

Esses defeitos anatômicos podem surgir em diferentes áreas: na cicatriz umbilical (hérnia umbilical), na virilha (inguinal), em cicatrizes cirúrgicas (incisional) ou na linha do abdômen (epigástrica).

A suspeita geralmente aparece com dois sinais clássicos: "Uma dor local ou um carocinho, uma bolinha ou uma tumoração palpável em alguma região do abdômen”, completa o médico.

 

Quais são os tipos de hérnia abdominal?

 

Na maioria das vezes, o primeiro a identificar o problema é o clínico geral, que, ao suspeitar ou confirmar a hérnia, encaminha o paciente ao cirurgião.

Homens são mais suscetíveis, principalmente às hérnias inguinais, devido à anatomia do canal inguinal — via natural para a descida dos testículos na formação embrionária. Já as hérnias umbilicais ou incisionais tendem a afetar homens e mulheres em proporções semelhantes.

Em termos de faixa etária, há dois picos principais: “Na infância, tratadas por cirurgiões pediátricos, e no adulto jovem, que mais apresenta hérnias. Depois há um novo pico no idoso, por senilidade dos tecidos.”

 

Hérnias abdominais: por que ocorrem?

 

Embora possam ser assintomáticas, as hérnias tendem a interferir na qualidade de vida à medida que evoluem. “O impacto está relacionado aos sintomas e à possibilidade de complicações”, alerta o presidente da SBH.

O maior risco é o encarceramento ou estrangulamento: quando o conteúdo da hérnia, como alças intestinais, fica preso e sofre restrição vascular, podendo entrar em necrose. “Se isso for uma alça intestinal, pode ser catastrófico. Torna-se uma cirurgia de urgência, com risco grave e até morte”, destaca o médico.

Por isso, diante de sintomas ou aumento do volume herniário, o recomendado é procurar assistência médica imediatamente.

O presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH), o médico e cirurgião geral Gustavo Soares é especialista em cirurgia de hérnia e parede abdominal(Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH))
Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH) O presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH), o médico e cirurgião geral Gustavo Soares é especialista em cirurgia de hérnia e parede abdominal

Como explica o doutor Gustavo, “as hérnias de parede abdominal são doenças que, por se tratarem de um defeito anatômico, o tratamento é sempre cirúrgico. Não é toda hérnia que precisa ser operada, mas a que precisa ser tratada, será tratada com cirurgia”.

“Pequenas hérnias assintomáticas, sem repercussão na vida do paciente, podem ser apenas observadas. A cirurgia é indicada somente se houver mudança nesse cenário”, destaca o cirurgião.

A intervenção cirúrgica torna-se indispensável quando há sintomas ou risco de complicações. As técnicas evoluíram muito: além das cirurgias abertas tradicionais, há procedimentos minimamente invasivos como a videolaparoscopia e a cirurgia robótica, que oferecem recuperação mais rápida e menos dor no pós-operatório.

No caso de Bolsonaro, a parede abdominal estava bastante danificada e precisou ser reconstruída. A informação, presente no boletim médico, foi confirmada pelo cirurgião responsável pelo tratamento, doutor Claudio Birolini.

“Era um abdome hostil, com múltiplas cirurgias prévias e aderências que causaram um quadro de obstrução intestinal e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada”, afirmou ele em entrevista coletiva.

O ex-presidente já havia realizado dois procedimentos anteriores para tratamento das hérnias: em 2019 e em 2023.

Conforme salienta o presidente da SBH, Gustavo Soares, “ele provavelmente teve uma recidiva (volta da hérnia) e uma sequela que chamamos de aderências intra abdominais, que é o tecido de cicatrização”.

“O quadro de oclusão de intestino apresentado pode ser causado tanto pela hérnia que voltou, quanto devido às aderências que estão dentro do abdômen. Muitas vezes é impossível determinar de onde vem a obstrução.”

 

Principais sintomas das hérnias da parede abdominal

 

Para a resolução adequada do caso e recuperação do paciente é essencial realizar o tratamento das duas possíveis causas: “Na cirurgia trata-se tanto as aderências quanto a hérnia, com a reconstrução da parede abdominal. Isso porque, caso façamos o tratamento apenas de uma das causas, existe o risco de que o problema intestinal se repita”.

Uma dúvida comum entre pacientes é se o esforço físico em atividades como musculação pode desencadear uma hérnia abdominal.

A atriz, dançarina e modelo Viviane Araújo, por exemplo, conhecida por desfilar seu corpo musculoso durante o Carnaval do Rio de Janeiro, já mostrou diversas vezes a hérnia umbilical que possui em seu abdômen.

A atriz, dançarina e modelo Viviane Araújo já mostrou diversas vezes a hérnia umbilical que possui em seu abdômen. Ela já passou por três procedimentos cirúrgicos, inclusive após a gravidez do filho Joaquim, de 2 anos(Foto: Reprodução/Instagram)
Foto: Reprodução/Instagram A atriz, dançarina e modelo Viviane Araújo já mostrou diversas vezes a hérnia umbilical que possui em seu abdômen. Ela já passou por três procedimentos cirúrgicos, inclusive após a gravidez do filho Joaquim, de 2 anos

Viviane, que é rainha de bateria da Acadêmicos do Salgueiro, já passou por três procedimentos cirúrgicos, inclusive após a gravidez do filho Joaquim, de 2 anos.

De acordo com doutor Gustavo, atividades físicas intensas não causam hérnias, mas podem “despertar” uma já existente, especialmente se aliada a fatores como obesidade, gestação ou envelhecimento dos tecidos.

 

 

De mãe para filha: como a predisposição genética influencia os casos de hérnia abdominal

Em muitos casos, como o da agricultora Maria Leci, de 38 anos, a hérnia parece fazer parte da herança familiar. Recém-operada no Hospital Geral Waldemar de Alcântara (HGWA), ela e a filha, Brena Teixeira, de 21, viajaram de Amontada, no interior do Ceará, até Fortaleza para tratar a hérnia epigástrica de Leci.

“Quando engravidei pela primeira vez, com 17 anos, a barriga começou a crescer e doer bastante. Chegava a chorar de dor. Aí decidi tirar logo. Na época, tiraram uma só, porque era pequena. A outra ficou”, recorda.

Além de Brena, Leci é mãe de outras duas meninas. “Eu sempre fui atrás de tratamento, mas nem sempre era fácil. Fiz exames no Interior, mas lá não quiseram operar; disseram que o ideal era vir para a Capital.”

Maria Leci realizou recentemente uma cirurgia de hérnia epigástrica no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da rede da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), em Messejana(Foto: Bruno Brandão/Ascom HGWA)
Foto: Bruno Brandão/Ascom HGWA Maria Leci realizou recentemente uma cirurgia de hérnia epigástrica no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da rede da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), em Messejana

Na família, a predisposição é evidente. “Já tivemos um caso grave: meu tio faleceu porque a hérnia rompeu após esforço no trabalho. Cresci sabendo que não podia pegar peso, mas na roça é difícil evitar.”

Brena também tem uma hérnia. “A minha é só uma, no umbigo. Não sinto dor, mesmo pegando galão de água ou jogando bola. Mas evito pegar peso, tenho medo.”

O cirurgião cearense Moisés Cruz, especialista em hérnias abdominais, confirma: “Em algumas pessoas, a concentração das fibras de colágeno é menor, a parede fica mais frágil. Se há predisposição genética associada a algum fator, como gestação, pode desencadear.”

Moisés Cruz é cirurgião geral, com área de atuação em cirurgias da parede abdominal e bariátrica(Foto: Arquivo Pessoal )
Foto: Arquivo Pessoal Moisés Cruz é cirurgião geral, com área de atuação em cirurgias da parede abdominal e bariátrica

Atualmente, Maria Leci segue em recuperação. “Meu conselho é não deixar para depois. Tem que cuidar logo. Já teve casos graves na minha família, e isso me deixou com muito medo.”

Segundo Moisés Cruz, que atende nas redes pública e privada, “a hérnia não desaparece espontaneamente porque é um rasgo na parede. Se você tem predisposição genética e pega muito peso, pode desencadear”.

Por isso, ele recomenda: “Deve-se praticar exercícios, pois a obesidade também influencia, mas com cuidado”.

Cruz reforça que é possível ter mais de uma hérnia, até simultaneamente. Além disso, quando há predisposição genética e esforço físico intenso, o risco aumenta. “Policiais militares, por exemplo, frequentemente desenvolvem hérnias devido ao peso constante de coletes e armas.”

A reincidência pode ocorrer mesmo após cirurgia. Por isso, recomenda-se práticas físicas orientadas e monitoramento médico constante.

Apesar da prevalência da doença, o acesso ao tratamento ainda esbarra em limitações estruturais. No Sistema Único de Saúde (SUS), as cirurgias de hérnia são classificadas como de média complexidade — justamente uma das maiores fragilidades da rede pública.

“O SUS avançou muito na atenção básica e na alta complexidade. Mas a média complexidade é um gargalo”, avalia Gustavo Soares.

O resultado são longas filas de espera e acesso restrito a técnicas modernas, como videolaparoscopia ou cirurgia robótica.

Para aliviar esse cenário, a SBH realiza mutirões: em apenas cinco dias, são feitas até 100 cirurgias, com uso de tecnologias de ponta, graças a parcerias público-privadas e ao esforço voluntário de profissionais.

 

“No último mutirão, conseguimos realizar até cirurgias robóticas em hospital público”, celebra Dr. Gustavo.

Como conclui ele, “é uma doença extremamente prevalente e muito comum. E a solução, na maioria das vezes, está ao alcance — se houver oportunidade de acesso.”

 

 

No Ceará, rede estadual fortalece estrutura para tratamento de hérnias abdominais e reduz fila por cirurgias

Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), somente em 2024 foram realizadas quase 350 mil cirurgias de hérnia da parede abdominal no Brasil. Destas, mais de 38 mil (cerca de 11%) ocorreram em caráter de urgência, enquanto a grande maioria — 311 mil procedimentos — foi realizada de forma eletiva.

O cenário se repete ano após ano: em 2023, foram aproximadamente 336 mil cirurgias, sendo quase 47 mil de urgência, representando um percentual ainda maior (13,9%).

A cirurgia para reparo de hérnia inguinal, que acomete a região da virilha, é disparada a mais comum no País, com mais de 323 mil casos registrados nesses dois anos.

 

Apesar dos avanços tecnológicos que permitem procedimentos minimamente invasivos — realizados com pequenas incisões e recuperação mais rápida —, esse tipo de abordagem ainda representa uma parcela ínfima das operações.

Nos anos de 2023 e 2024, apenas 0,62% dos procedimentos realizados pelo SUS foram desse tipo: 4.358 cirurgias no total.

No Ceará, também segundo o SUS, o panorama acompanha a tendência nacional: foram realizadas mais de 25 mil cirurgias em dois anos, com destaque também para a hérnia inguinal, responsável por mais de 12 mil procedimentos.

O HGWA presta serviços de saúde em nível secundário aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) referenciados por hospitais públicos terciários(Foto: Divulgação/Sesa)
Foto: Divulgação/Sesa O HGWA presta serviços de saúde em nível secundário aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) referenciados por hospitais públicos terciários

As cirurgias videolaparoscópicas no estado ainda são raras: apenas 82 casos registrados, o que representa 0,3% do total. Quase 3.500 cirurgias foram realizadas em regime de urgência.

Com estrutura especializada e equipe experiente, o Hospital Geral Waldemar de Alcântara (HGWA), unidade da rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa/CE), tem se consolidado como uma das principais referências no atendimento a pacientes com hérnias da parede abdominal em Fortaleza.

De acordo com o cirurgião Carlos Márcio, que integra a equipe do HGWA, o hospital tem um fluxo bem estabelecido para o diagnóstico, tratamento cirúrgico e acompanhamento pós-operatório desses pacientes, que chegam à unidade por meio da regulação da Sesa.

O perfil dos pacientes do HGWA é composto, predominantemente, por idosos, em especial nas Unidades de Cuidados Especiais, AVC Subagudo e Clínica Médica. Entre os serviços oferecidos pela unidade estão internações, cirurgias, consultas e exames(Foto: Helene Santos/Governo do Ceará)
Foto: Helene Santos/Governo do Ceará O perfil dos pacientes do HGWA é composto, predominantemente, por idosos, em especial nas Unidades de Cuidados Especiais, AVC Subagudo e Clínica Médica. Entre os serviços oferecidos pela unidade estão internações, cirurgias, consultas e exames

“O paciente é encaminhado à nossa unidade com diagnóstico ou suspeita de hérnia. Ele passa por consulta no ambulatório de Cirurgia Geral, com especialista, e, se confirmada a necessidade de cirurgia, já sai com o procedimento agendado”, explica.

Após o procedimento, o paciente é acompanhado em retorno ambulatorial, em geral uma ou duas semanas após a alta — que costuma ocorrer em até dois dias após a cirurgia.

O seguimento se estende por mais algumas consultas, com atenção a fatores que podem favorecer a reincidência da hérnia, como obesidade, tosse crônica, constipação ou dificuldades urinárias.

Dr. Carlos Márcio é médico e cirurgião do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da rede de hospitais da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa)(Foto: Bruno Brandão/Ascom HGWA)
Foto: Bruno Brandão/Ascom HGWA Dr. Carlos Márcio é médico e cirurgião do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da rede de hospitais da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa)

No HGWA, as cirurgias podem ser realizadas tanto por via aberta quanto por videolaparoscopia. A unidade dispõe de equipamentos apropriados e materiais como telas cirúrgicas, além de uma equipe com ampla experiência em intervenções desse tipo.

Segundo o doutor Carlos Márcio, o perfil mais comum de pacientes atendidos inclui homens de meia idade, geralmente trabalhadores submetidos a esforços físicos repetitivos — o que pode colaborar para o surgimento ou agravamento das hérnias.

“Pacientes que convivem com hérnia por muito tempo podem evoluir com um aumento progressivo do volume da hérnia e com um possível encarceramento herniário — quando o volume herniário que antes era redutível, ou seja, passível de ser colocado para dentro da barriga, agora não é mais; ficando preso”, alerta o cirurgião.

Casos como esse, no entanto, não são tão comuns no HGWA, uma vez que o acesso ocorre por regulação, com foco no atendimento eletivo.

Além do cuidado clínico e cirúrgico, o médico reforça a importância da informação correta para estimular o diagnóstico precoce.

“Educação em saúde e comunicação com a população são fundamentais para que o paciente entenda o que é uma hérnia abdominal, não adie o tratamento e evite situações que podem agravar sua condição”, afirma.

A Sesa destaca que, somente em 2025, já foram realizados 520 procedimentos cirúrgicos relacionados a diferentes tipos de hérnias no Ceará, sendo 422 em hospitais da rede estadual e os demais em unidades conveniadas.

Nas hérnias inguinais há uma prevalência muito maior nos homens devido a uma condição anatômica(Foto: Reprodução/SBH)
Foto: Reprodução/SBH Nas hérnias inguinais há uma prevalência muito maior nos homens devido a uma condição anatômica

Em 2024, o número total de cirurgias chegou a 2.627 — 2.047 delas em hospitais da rede própria da Sesa. Já em 2023, foram 2.201 procedimentos, sendo 1.711 na rede estadual.

Entre os tipos de cirurgias realizadas estão hernioplastias inguinais, umbilicais, incisionais, epigástricas e diafragmáticas — por via abdominal ou torácica —, além de intervenções com ou sem ressecção intestinal.

As unidades conveniadas são hospitais com contrato com a Sesa, inclusive para procedimentos eletivos, distribuídos por diversas regiões do estado, ainda que nem todos sejam públicos.

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