No Ceará, os eleitores de Ciro Gomes (PDT) são os que mais afirmam que o voto para presidente da República ainda pode mudar. Dos que declaram voto no pedetista, 36% reconhecem que a escolha ainda pode mudar. É o que mostra a segunda rodada da pesquisa Ipespe no Ceará, contratada pelo O POVO. Houve aumento de 4 pontos percentuais dos que admitem trocar de candidato, em relação a 20 dias antes.
O levantamento também revela a segunda opção de voto dos eleitores que admitem mudar o voto. No caso dos que declaram voto em Ciro Gomes, quase metade (49%) informou que, como segunda opção, votaria no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros 28% votariam no presidente Jair Bolsonaro (PL).
O percentual de eleitores de Lula que admitem mudar o voto caiu, na comparação entre as duas pesquisas. Em 4 de agosto, 12% deles afirmavam que o voto ainda poderia mudar, enquanto 86% diziam que o voto era definitivo. Vinte dias depois, na segunda pesquisa, 9% indicaram que o voto ainda poderia ser alterado. Foi uma oscilação de 3 pontos percentuais. Já os que indicaram que a escolha pelo candidato é definitiva subiu para 90%, alta de 4 pontos percentuais.
Dos eleitores de Lula que ainda podem mudar o voto, 67% têm Ciro Gomes como segunda opção de voto. 13% não sabem ou não responderam e 7% votariam em nenhum, branco ou nulo como segunda opção ao ex-presidente.
O percentual de eleitores de Bolsonaro que ainda pode mudar o voto também diminuiu entre as duas pesquisas. Na primeira, esse era o caso de 13% dos entrevistados, enquanto na pesquisa mais recente o indicador atingiu 7%. Ao mesmo tempo, a parcela que afirmou que o voto no presidente da República é definitivo cresceu 6 pontos percentuais, de 86% para 92%.
Entre os eleitores de Bolsonaro que afirmaram poder mudar de voto ou que não souberam ou não responderam, a maioria não apontou um nome específico de candidato como segunda opção de voto: 26% disseram não saber ou optaram por não responder e 21% escolheram a opção "nenhum, branco ou nulo". O nome mais mencionado como opção para quem hoje vota em Bolsonaro foi Lula, com 11% das menções como segunda opção. Houve ainda 5% que apontaram Ciro, 5% que indicaram Simone Tebet (MDB) e 5% que indicaram Soraya Thronicke (União Brasil) como a alternativa preferencial ao presidente.
Pesquisas eleitorais mostram tendência de voto para presidente