Desde fevereiro com a saúde debilitada, papa Francisco resistiu até a Páscoa. Esperou a ressurreição de Cristo, desejou “Feliz Páscoa” aos fiéis em despedida silenciosa. Alegrou os católicos e aqueles que não seguem a fé, mas a respeitam e admiram o pontífice. E então dormiu.
Morreu na madrugada da segunda-feira de Páscoa, a Pascoela, e deixou o mundo em choque. Aos que ficam, resta relembrar os feitos do papa Francisco e aprender com eles. “É um luto, mas um luto festivo. É um chorar por um Pai que parte, mas também uma certeza”, declarou Dom Gregório, arcebispo de Fortaleza, em coletiva.
Assim como o período pascoal nos chama à reflexão, O POVO+ convidou religiosos de diferentes frentes para pensar Francisco em méritos, lutas pelo bem e transformações na Igreja.
Francisco sucedeu a um papa ainda vivo, algo que não acontecia há mais de seis séculos. Foi o primeiro papa latino-americano da história. Seu pontificado de mais de uma década foi marcado por tensões internas e externas,mudanças climáticas intensas, um mundo em guerra e uma volta da extrema-direita ao cenário sócio-político mundial. Francisco, porém, não se omitiu em deixar claro de que lado esteve. Foi um resistente: na alegria, na simplicidade, na misericórdia, no carisma, nos posicionamentos... Produziu números gigantes. Esta série de reportagens traz alguns fragmentos dessa Papa que se despede