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Cinco famílias de prédio que desabou parcialmente na Maraponga aguardam decisão da Justiça sobre indenização
Reportagem Especial

Cinco famílias de prédio que desabou parcialmente na Maraponga aguardam decisão da Justiça sobre indenização

Uma audiência acontecerá no início do próximo mês para discutir as indenizações, estimadas em R$ 2 milhões. No entorno do imóvel, as casas atingidas já foram consertadas

Cinco famílias de prédio que desabou parcialmente na Maraponga aguardam decisão da Justiça sobre indenização

Uma audiência acontecerá no início do próximo mês para discutir as indenizações, estimadas em R$ 2 milhões. No entorno do imóvel, as casas atingidas já foram consertadas
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Cinco das 16 famílias que moravam no prédio que desabou parcialmente na Maraponga em junho deste ano ainda estão enfrentando processo judicial no aguardo de indenização. As outras 11 famílias fizeram acordos individuais com os proprietários do imóvel, os irmãos Arisol e Solimar Parente Portela, para a reparação de danos materiais.

Uma audiência acontecerá no início do próximo mês para discutir as indenizações, estimadas em R$ 2 milhões, por conta dos danos morais e materiais em decorrência da demolição do edifício.

No entorno do imóvel, as casas atingidas já foram consertadas, de acordo com o morador Henrique Freitas. Ele diz que a casa da família foi parcialmente destruída com o incidente e a reforma foi entregue na última semana de setembro. Ele comenta, entretanto, que alguns dos eletrodomésticos comprados durante a reconstrução não eram novos.

O morador ainda reclama que a pavimentação da rua ainda não foi renovada após danos do desabamento e que os representantes do prédio “sumiram” desde a entrega das casas. “Minha avó ainda fica muito abalada com o que aconteceu. A gente já voltou à rotina normalmente, mas ela sente muito por a casa estar diferente do que era antes”, disse.

Gerônimo de Abreu, advogado dos proprietários do prédio, afirmou que não está ciente de nenhum dano causado pelo desabamento na pavimentação da via, assim como a reforma dos imóveis com aparelhos usados. “Os proprietários receberam os imóveis, fizeram uma vistoria e não reclamaram de nada”, argumenta.

Erros no projeto e na execução das obras

De acordo com laudo técnico da Perícia Forense do Estado Do Ceará (Pefoce), divulgado no dia 1º deste mês, três motivos principais causaram o incidente na Maraponga: o projeto da edificação, a execução das obras e a vulnerabilidade do solo. Esse último foi resultante de um vazamento em um imóvel vizinho, um sumidouro com despejo de efluentes e o encharcamento do solo devido às chuvas.

Questionado sobre o assunto, Gerônimo disse que não iria se pronunciar porque ainda não foi intimado pela Justiça. O advogado diz que as causas teriam seguido a mesma linha do que fora defendido pelo engenheiro responsável pela demolição, Wetter Lino.

O POVO Online tentou entrar em contato com o advogado dos moradores, Marcelo Magalhães, mas não teve as ligações atendidas ou retornadas até a publicação desta matéria.

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