Foram contabilizados 52 encalhes de tartarugas em praias do Ceará desde o começo de setembro. A contagem começou logo após os primeiros registros de manchas de óleo em praias do Nordeste, em 30 de agosto. Os dados são do Instituto Verdeluz. O número abrange praias com óleo ou sem.
Das tartarugas encontradas, 44 morreram e oito estavam vivas. Onze das tartarugas mortas tinham marcas de óleo. Duas com marcas de óleo estavam vivas.
- Tartaruga cabeçuda
- Tartaruga oliva
- Tartaruga de pente
- Tartaruga verde
As praias com mais registros de encalhe são em Fortaleza. Foram 14 animais encontrados na Capital. Em Aquiraz, foram 10 encalhes e 9 em Aracati. Entre as praias nas quais foram encontradas tartarugas mortas está a Praia do Futuro e a Sabiaguaba.
Na semana passada, tartaruga resgatada viva, com marcas de óleo, na Praia do Futuro teve alta.
O relatório do Ibama lista tartarugas mortas na Sabiaguaba, no Porto das Dunas, em Aquiraz, e em Jericoacoara. Contabiliza ainda uma ave morta na Praia do Cumbuco, em Caucaia, além de uma tartaruga marinha viva na Praia do Serviluz, em Fortaleza.
O óleo já atingiu 268 praias do Nordeste. Foi encontrado óleo em 18 locais no Ceará. O relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atualizado na noite de segunda-feira, 28, sinaliza 13 lugares do Estado com até 10% de contaminação: Barreiras, Quixaba, Canoa Quebrada, Cumbe, Pontal de Maceió, Morro Branco, Barra Nova, Prainha, Sabiaguaba, Praia do Futuro, Paracuru, Lagoinha e Bitupitá. Nas outras cinco praias em que o Ibama apontava haver óleo, não foram encontradas manchas na verificação mais recente. Foram os casos de Majorlândia, Barra de Sucatinga, Caponga, Taíba e Malhada, em Jijoca de Jericoacoara.
De acordo com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), três toneladas de óleo já foram retiradas do mar no Ceará.
O Ministério da Agricultura proibiu pesca de lagosta e camarão nas praias afetadas. Os pescadores desses locais deverão receber o seguro-defeso.