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Chinesa Higer Bus cancela projeto no Ceará
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Chinesa Higer Bus cancela projeto no Ceará

Empresa tinha memorando assinado com governo cearense para investir US$ 20 milhões em fábrica de ônibus elétricos e a hidrogênio verde no Complexo do Pecém
Tipo Notícia
Ônibus elétrico da chinesa Higer deveria ser produzido na ZPE do Ceará (Foto: Arquivo Higer Bus/Divulgação)
Foto: Arquivo Higer Bus/Divulgação Ônibus elétrico da chinesa Higer deveria ser produzido na ZPE do Ceará

O objetivo do Estado do Ceará de abrigar uma montadora de veículos parece estar ainda mais distante. As negociações com a chinesa Higer Bus, que eram dadas como certas há um ano, não avançaram e a empresa está prestes a fechar contrato com Espírito Santo e/ou São Paulo.

Assinado entre a representante no Brasil TEVX Mortor Group e o governo cearense ainda em julho de 2022, um memorando estabelecia o entendimento para a instalação de um fábrica de ônibus elétricos e a hidrogênio verde no Complexo do Pecém já em 2024, com possibilidade de avançar para caminhões pesados.

Há um ano, após encontro com o governador Elmano de Freitas (PT) mediado pelo presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Danilo Serpa, Marcelo Barella, diretor da Higer para a América do Sul, disse ao O POVO estar "feliz e confiante" por ter sentido "o compromisso do Estado em desenvolver o plano de negócios". Mas isso mudou um ano depois. "Não houve, por parte do governo do Ceará, nenhuma iniciativa positiva e as conversas não avançaram. Estamos já prestes a fechar com outros estados", afirmou o executivo ontem, 6, à coluna.

A coluna apurou que o governo cearense ainda "trata do assunto". Mas, segundo Barella, as negociações avançadas impedem um retrocesso e o retorno nas tratativas com o Ceará. "Uma pena, mas tentamos", lamenta.

Isso significa menos US$ 20 milhões em investimento projetado para o Pecém no qual o combustível final fortaleceria o hub de hidrogênio verde, além de 700 empregos formais estimados, divididos em duas fases. A expectativa era de uma capacidade máxima entre 300 e 400 ônibus por ano.

Ano passado, a Higer exportou 5.248 veículos para destinos como Israel, Rússia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Argélia. Para 2024, diz preparar toda linha elétrica e hidrogênio de ônibus e caminhões em Brasil, Uruguai, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Paraguai, Argentina, El Salvador e Equador.

Em nota enviada à coluna, a Adece afirmou:

Sobre a desistência da empresa Higer Bus de instalar fábrica de ônibus elétricos no Complexo do Pecém, o Governo do Ceará, por meio da Adece, informa: todas as tratativas para instalação da indústria no estado foram realizadas, desde 2022, quando foi assinado um Memorando de Entendimento. Diversas reuniões foram realizadas, além de visita de secretários à sede da companhia, na China. Porém, as condições que a empresa apresentou não eram viáveis para o Estado, pois envolviam suposta garantia de mercado. Outros entes públicos e privados também participaram das negociações.

O Governo do Ceará reforça o compromisso de trabalhar para atrair investimentos, sempre com foco na geração de emprego e renda para os cearenses, oferecendo todas as condições e facilidades para as empresas se instalarem no estado. Porém, a decisão final é da empresa, que, nesse caso, preferiu não ir adiante com os seus investimentos.

Aeris atinge a marca de 15 mil pás eólicas fabricadas

A Aeris Energy atingiu a marca de 15 mil pás eólicas produzidas pelas fábricas localizadas no Ceará. Para a empresa, "essa conquista reforça a liderança da Companhia no segmento". "70% das pás eólicas do mercado brasileiro foram fabricadas pela Companhia, motivo de muito orgulho para nós colaboradores", destaca Rafael Medeiros, diretor de operações da empresa. A Aeris conta com três complexos industriais em operação no Ceará, além de uma divisão focada em manutenções, inspeções fotográficas, pinturas, limpeza e reparo de pás com sede no Brasil e filial nos Estados Unidos.

100

mil reais foram investidos pela Construtora Brasterra na instalação de duas estações de carregamento rápido para carros elétricos e híbridos no Complexo Guaramiranga Park. Assim como a energia consumida pelos estabelecimentos, de fonte solar, as estações também têm o fornecimento de fontes renováveis, observa Luís Nunes, diretor da empresa.

CEOs

A aposta na aceleração do crescimento do Brasil tem maioria (59%) entre os executivos do setor de Energia, indica a 26ª Pesquisa Anual Global de CEOs. No entanto, 27% deles acreditam que suas empresas não serão economicamente viáveis por mais de uma década, se for mantido o rumo atual no País. Conflitos geopolíticos e mudanças climáticas (38%) são as maiores preocupações em 5 anos.

Aço novo

O Grupo Aço Cearense ampliou o portfólio para alcançar novos clientes e lançou no mercado o vergalhão SI50 em rolo, direcionado à chamada construção industrializada, a qual faz do canteiro uma linha de montagem. Fio Máquina, SI50 carretel e aço cortado e dobrado também estão nos planos da empresa para este ano, diz Ricardo Dias, diretor de Marketing do Grupo.

Novos talentos

Termina na próxima quarta-feira, 14, as inscrições para o curso Novos Talentos. Estudantes de jornalismo cursando a partir do 4º semestre podem concorrer a uma vaga do curso de parceria entre a Fundação Demócrito Rocha e o Grupo de Comunicação O POVO. Mais informações e inscrições no fdr.org.br/novostalentos

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