Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
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Petróleo Considerada a maior reserva de petróleo desde o Pré-Sal, a margem equatorial brasileira atrai holofotes desde quando foi descoberta e a emissão da licença de operação pelo Ibama na última semana foi motivo de aplausos e vaias.
Os motivos são óbvios: os recursos aplicados para uma possível extração são bilionários e podem mudar a realidade de parte do Norte e Nordeste brasileiro - do Rio Grande do Norte ao Amapá -, mas também pode por em risco toda a diversidade ambiental dessa área, considerada uma das mais ricas do planeta.
Um acidente nesta bacia, cujo poço explorado está próximo do Amapá, contaminaria 1,5 mil km de mar, o litoral do estado e ainda Guiana, Guiana Francesa e Suriname, segundo apontaram especialistas ao repercutir o interesse da Petrobras em extrair petróleo na área.
Neste países, inclusive, é feita a exploração de petróleo desde antes da pandemia de covid-19, com resultados robustos para a economia local e, até agora, sem nenhum acidente. Gigantes do setor como ExxonMobil, Shell, TotalEnergies, Chevron, a Petronas e a surinamesa Staatsolie operam na região.
Com estudos sobre a área há 5 anos e uma negativa do Ibama para os testes na bacia da Foz do Amazonas, a Petrobras só obteve o aval do Ibama para comprovar os estudos de existência de petróleo na região na semana passada. Agora, há menos de um mês da COP 30. Não haveria momento melhor para isso.
O Brasil vai abrigar a opinião mais especializada sobre o assunto do mundo, os debates serão intensos, mas a exploração das reservas será devidamente precificada e o governo brasileiro saberá se vale a pena explorar a área, ou não. Nas duas opções se abrem possibilidades positivas: (1) ao explorar, as riquezas projetadas se farão realidade; (2) ao manter o local intacto, os fundos internacionais devem assegurar a preservação daquele ambiente e promover o desenvolvimento local.
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