Jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É editora digital de Economia do O POVO, onde começou em 2014. Atualmente, cursa MBA em Gestão de Negócios e está andamento de Certificação Internacional em Marketing Digital pela ESPM
Sete critérios, como oferta de crédito, cenário internacional, taxa de câmbio, de juros e inflação não apresentam perspectivas positivas na análise geral dos especialistas em economia
A visão sobre a economia do Brasil ainda anda pessimista. É que a 49ª edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), adiantada hoje pela coluna, mostra como 102 especialistas em economia avaliam os desafios macroeconômicos do País em diversos aspectos.
Parceria do Conselho Regional de Economia (Corecon-CE) e da Fecomércio-CE, o IEE vai de zero a 200 pontos, em que abaixo de 100 configura-se situação de pessimismo e acima é otimismo. E apenas a variável evolução do PIB (122 pontos) avançou na avaliação geral.
Ficaram na casa pessimista: oferta de crédito (98,9 pontos); cenário internacional (79,0 pontos); taxa de câmbio (73,1 pontos); gastos públicos (48,4 pontos); taxa de inflação (41,9 pontos); taxa de juros (31,2 pontos) e salários reais (27,4 pontos). Este último novamente ficou com a menor pontuação. O nível de emprego (100) foi indiferente.
A soma das variáveis analisadas gera três índices: percepção presente, futura e de expectativa geral.
Com isso, o índice de percepção geral passou de 71,9 pontos para 69,1 pontos, alta de 3,9% no pessimismo ante pesquisa anterior. Para o futuro, houve redução de 12,8%, mas ainda na casa do pessimismo, indo de 77,2 pontos para 87,1. Já a percepção sobre o presente também elevou o grau de negatividade em 15,1%, alcançando 56,5 pontos.
Na análise das variáveis separadamente, a expectativa de futuro para taxa de inflação (115,1), oferta de crédito (102,2), nível de emprego (112,9) e PIB (138,7) foram as que ficaram acima dos 100 pontos.
Em suma, as expectativas de mercado movem os agentes econômicos e impactam, positivamente ou negativamente, no comportamento das variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança e taxa de juros. É um termômetro que impacta, sendo causas e consequências nos ciclos da economia.
Metodologia: de periodicidade bimestral, a pesquisa reúne profissionais da indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.
EXPECTATIVAS DOS ESPECIALISTAS EM ECONOMIA DO CEARÁ SOBRE O BRASIL
maio-junho 2022
Variáveis analisadas
Valor em pontos das percepções
Nível Geral
Geral
Atual
Futuro
Evolução do PIB
122
105,4
138,7
Otimista
Nível de Emprego
100
87,1
112,9
Indiferente
Oferta de Crédito
98,9
95,7
102,2
Pessimista
Cenário Internacional
79
61,3
96,8
Pessimista
Taxa de Câmbio
73,1
67,7
78,5
Pessimista
Gastos Públicos
48,4
51,6
45,2
Pessimista
Taxa de Inflação
41,9
19,4
115,1
Pessimista
Taxa de Juros
31,2
5,4
57
Pessimista
Salários Reais
27,4
15,1
37,6
Pessimista
Índice de Expectativas
69,1
56,5
87,1
Pessimista
Observação: abaixo de 100 é pessimista e acima é otimista
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