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Shutdown: Embaixada dos EUA alerta para risco a passaportes e vistos
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Jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É editora digital de Economia do O POVO, onde começou em 2014. Atualmente, cursa MBA em Gestão de Negócios e tem Certificação Internacional em Marketing Digital pela ESPM e DMI da Irlanda

Shutdown: Embaixada dos EUA alerta para risco a passaportes e vistos

Órgão norte-americano anunciou nesta quarta-feira, 1º de outubro, que continuará com os serviços "enquanto a situação permitir", mas a conta do Instagram foi afetada
Tipo Opinião
O governo do presidente republicano Donald Trump entra em shutdown (Foto: ANGELA WEISS  / AFP)
Foto: ANGELA WEISS / AFP O governo do presidente republicano Donald Trump entra em shutdown

A situação de paralisação orçamentária (shutdown) nos Estados Unidos acendeu o alerta da Embaixada e Consulados do país norte-americano sobre a continuidade de serviços de emissão de passaporte e vistos programados.

Em comunicado nesta quarta-feira, 1º de outubro, os órgãos informaram que os procedimentos, incluindo as unidades que possuem em outros países, “continuarão enquanto a situação permitir.

O cenário já afeta, por exemplo, o Instagram da Embaixada. Em nota publicada conjunta na rede social, as representações norte-americanas frisaram que a conta não será mais atualizada regularmente até a retomada total das operações.

A exceção será para informações consideradas pelo governo como urgentes e que tenham caráter de segurança nacional.

Para mais informações sobre os serviços, os órgãos dizem que atualizações e status de funcionamento poderão ser acompanhados no site travel.state.gov

Entenda o que é o shutdown dos Estados Unidos 

Nesta quarta-feira, 1º de outubro, a Casa Branca confirmou oficialmente a entrada do governo dos Estados Unidos em shutdown.

Isso significa situação de paralisação orçamentária. A medida ocorre após o Congresso norte-americano não aprovar o projeto para aumentar o financiamento federal.

A consequência é a imobilização de uma série de serviços públicos nas próximas horas, incluindo a própria Embaixada e Consulado dos EUA, bem como controladores de voo, o que pode afetar o mercado da aviação.

Esta é a 15ª vez, desde 1981, que a situação ocorre. O imbróglio é entre o presidente republicano Donald Trump e os democratas.

Os parlamentares frisam que o orçamento somente será aprovado se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados, como o famoso Obamacare, que dá acesso a planos de saúde para milhões de americanos.

Possíveis impactos do shutdown dos EUA

O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) alertou que a situação de shutdown federal pode levar à dispensa temporária de cerca de 750 mil funcionários públicos por dia, com impacto direto sobre a folha de pagamentos.

Em carta enviada à senadora Joni Ernst, a instituição estimou que “o total diário do custo de sua compensação seria de aproximadamente US$ 400 milhões”.

O documento observa que, durante uma paralisação orçamentária, a maioria dos servidores deve interromper suas atividades, a menos que sejam considerados “essenciais” para a proteção de vidas, propriedades ou serviços definidos em planos de contingência.

De acordo com o CBO, esses trabalhadores só recebem seus salários após a aprovação de novas dotações pelo Congresso, enquanto os militares ativos e parlamentares permanecem remunerados mesmo durante a interrupção.

Segundo o órgão, o impacto econômico depende da duração do shutdown. A experiência de 2018-2019 mostrou que parte do Produto Interno Bruto (PIB) perdido foi recuperada após a reabertura do governo, mas cerca de US$ 3 bilhões “nunca foram recuperados”, o que representou 0,02% do PIB anual.

O CBO avalia que a suspensão de salários reduz o consumo, enquanto contratos e aquisições federais parados afetam a renda do setor privado.

O relatório acrescenta que “caso uma paralisação persistisse por várias semanas, algumas entidades privadas jamais recuperariam toda a renda perdida” pela interrupção das atividades governamentais. (Com Agência Estado)

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