Jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É editora digital de Economia do O POVO, onde começou em 2014. Atualmente, cursa MBA em Gestão de Negócios e tem Certificação Internacional em Marketing Digital pela ESPM e DMI da Irlanda
TikTok fala em baixíssimo impacto e EIA-Rima prévio de data center no Ceará
Empresa frisa que o empreendimento está em área industrial do Cipp, onde já houve prévia submissão ao EIA-Rima, quando de sua criação, e que isso afasta "qualquer alegação de irregularidade"
Foto: Memorial Descritivo de Arquitetura, LZA, 2024/Casa dos Ventos
FACHADA de um dos dois prédios que vão compor o projeto de data center da Casa dos Ventos, com a Omnia e o Tiktok no Pecém
As empresas que trabalham para instalar o Data Center Pecém no Ceará emitiram nota conjunta informando que o projeto tem baixíssimo impacto hídrico, equivalente a um empreendimento de característica residencial.
A afirmação é em resposta ao O POVO, ao serem questionadas sobre o laudo emitido por departamento do Ministério Público Federal (MPF) apontando "falhas gravíssimas" na emissão das licenças prévia (LP) e de instalação (LI) pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).
Além disso, alegam que, como o empreendimento está em área industrial do Cipp, o local já foi previamente submetido ao EIA-Rima, quando de sua criação, e que isso afasta “qualquer alegação de irregularidade ambiental ou de omissão no processo de licenciamento.”
Para a cearense Casa dos Ventos, responsável por gerar energia renovável ao projeto, a Omnia, pela construção, e a Bytedance (TikTok), pelo investimento de R$ 200 bilhões, o licenciamento ambiental “vem sendo conduzido em estrita conformidade com a legislação vigente”.
Segundo as parceiras, as determinações da Semace foram seguidas e com as melhores práticas aplicáveis.
“O empreendimento já possui Licença de Instalação, e as empresas envolvidas cumprem integralmente todos os requisitos legais exigidos para a implementação do projeto”, frisaram em nota encaminhada ao O POVO.
No detalhamento dos processos, apontaram que o Ministério Público Federal recebeu informações sobre o empreendimento tanto em reunião realizada com as empresas, a Semace e representantes do Estado do Ceará, quanto por meio de documentos formalmente apresentados.
“O MPF deu ciência do laudo a uma das empresas apenas nesta data e, diante do exíguo tempo decorrido — poucas horas —, as companhias ainda não dispuseram de tempo hábil para a devida análise técnica do documento.”
Porém, o próprio documento emitido pelo MPF aponta que mesmo com o fato de o Cipp já ser ambientalmente licenciado, a recepção de novas instalações deve considerar os novos impactos.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.