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Vem dizer que você nunca provou…
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Bernard Twardy, um chef de estirpe clássico, chegou ao Ceará há 32 anos para nunca mais deixar a terrinha. A acolhida e a semelhança com o Caribe, onde passou sete anos, o seduziram. Antes, viajou pelo mundo em busca de saberes novos e há mais de duas décadas se dedica à gastronomia do Beach Park e ao fortalecimento da identidade do alimento com pegada Cearense.

Bernard Twardy gastronomia

Vem dizer que você nunca provou…

Tipo Opinião
Embalagem antiga do ketchup Heinz (Foto: divulgação)
Foto: divulgação Embalagem antiga do ketchup Heinz

Ketchup: está aí um produto que é difícil sumir das prateleiras de supermercados. Existem apenas algumas opções similares para o ketchup que considero o mais característico. Dos sete principais players do mercado global de ketchup, a Heinz é a maior, e a minha favorita, com uma participação no mercado de 80% na Europa e 60% nos EUA - perdoem-me não achei números para o Brasil.

Para um molho que grita "América", o ketchup tem uma longa história de volta ao mundo. A sua história começa no século XVI em Fujian, uma província no mar da China Meridional, polo de comércio com muitos pescadores vietnamitas. Acredita-se que eles teriam introduzido, dentre outros insumos, o molho de peixe fermentado na região. O nome do nosso famoso molho vem da palavra chinesa do dialeto Hokkien: kê-tsiap, uma salmoura chinesa típica que levava peixes, mariscos, sal e vinagre de arroz, no qual se acrescentava molho agridoce com base de tomate.

O derramamento lento ou, às vezes, súbito que saía de uma garrafa de ketchup de vidro deixou cada um de nós com lembranças de prato afogado neste molho. Isso começou a mudar quando a Heinz percebeu que um garoto de cinco anos de idade consumia cerca de 60% mais ketchup do que um adulto de 40 anos de idade. A empresa começou a comercializar garrafas que as crianças podiam controlar. O resultado foi um aumento de 12% no consumo com a garrafa EZ Squirt, de plástico e com bico que despeja um jato preciso de ketchup.

Os nossos vizinhos argentinos citam o dr. Luis Frederico Leloir, ganhador do prêmio Nobel de química , que no restaurante do Golf em Mar Del Plata, melhorou a maionese que degustava com frutos de mar, acrescentando, ketchup, molho inglês, suco de limão, sal e pimenta, surgindo a partir desse momento, em 1920, a primeira reivindicação da autoria do molho rosé, ou também chamado molho Golf.

Chefs de cozinha defendem a origem do molho rosé em uma variação do clássico molho típico inglês denominado Gloucester, uma mistura de creme azedo, suco de limão, erva doce micro picada e molho inglês.

Os americanos reivindicam a "criação" citando o hotel Artic Circle como o local de desenvolvimento da fórmula servida no clássico "Shrimps Cocktail". O que interessa é o sabor e o que nos preocupa são as quase 1000 calorias por farta porção...

Confira acima uma receita do molho Cocktail, vulgo molho rosé. O mais clássico de todos os molhos com ketchup tem uma origem incerta, muitas calorias, mas é delicioso… 

Molho Cocktail

Ingredientes:

2 xícaras de maionese. A maionese Heinz é muito boa.

Cuidado: Não use maionese caseira por causa da salmonela.

1 colher de sopa de molho de pimenta Tabasco, ou mais.

3 colheres de sopa de molho inglês. O Lea Perrins, de origem inglesa, inspirou todas as cópias.

4 colheres de sopa de conhaque, whisky ou bourbon

Suco de ½ limão siciliano ou verde peneirado.

3/4 de xícara de ketchup. O da Heinz é muito bom.

Sal a gosto, depois do ketchup inserido

Modo de preparo:

Mescle todos os ingredientes fora o ketchup. Entre com ele aos poucos para obter a coloração que lhe agrada. Verifique o ponto de sal.

Foto do Bernard Twardy

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