Estagiou como produtor na Rádio O POVO/CBN e repórter do portal de notícias O POVO. Na editoria de Política, atuou como estagiário e, desde janeiro de 2019, é repórter. Cobriu as eleições de 2018 e 2020. Participou da quarta fase do Projeto Comprova. A coluna é dedicada principalmente ao acompanhamento e análise do fenômeno da desinformação e das fake news. Como elas influenciam o cenário político e quais conteúdos fraudulentos têm mais repercussão
A criação de um clima de desconfiança e de instabilidade quanto ao resultado da disputa presidencial passa pela crença de parte relevante da população de que o voto não pode ser auditado
A indústria das fake news contra a lisura do processo eleitoral brasileiro, alimentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), dá ao País um nível de tensão pré-eleitoral nunca visto desde a redemocratização, em 1985. Por não poder viver apenas de ameaças de que não aceitará o resultado da disputa ao Palácio do Planalto caso ele venha a lhe desagradar, Bolsonaro disfarça de argumentos o que não passa de retórica golpista. De modo cada vez mais escancarado.
Foram palavras ditas por Bolsonaro a embaixadores estrangeiros e checadas pelo site Aos Fatos, em 18 de julho. A semente é plantada na militância e, como consequência, as reações são no sentido de desencorajar o voto em um dos três candidatos ora apresentados.
Como contraponto enfático ao caos que Bolsonaro tenta propagar, o site Estado de Direito Sempre lançou ao Brasil uma carta em que avisa que no "Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários."
"Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições", diz a nota assinada por 482,5 mil pessoas. O texto não manifesta preferências políticas, mas carrega tinta contra Bolsonaro e o negacionismo eleitoral.
"Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática", disse a nota. "No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições", complementou.
Checagens e alcance
Nesta semana, repórteres que compõem o Projeto Comprova se debruçaram sobre duas verificações que desconstroem a ideia plantada por Bolsonaro de que as urnas são parte uma fraude que visa prejudicá-lo. Ou eleger o PT de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao terceiro mandato presidencial.
Primeiramente, tiveram de mostrar que "apagões" em 2014 e 2018 não foram parte de fraudes. A equipe informou que o blecaute de 20 minutos na cidade de Roraima não inviabilizou a eleição, pois as urnas ficam ligadas até oito horas sem energia.
Já em 2018, o grande número de acessos ao site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez com que o site saísse do ar. Também se constatou que não existe documento secreto revelando problemas na apuração das eleições de 2018.
Professores universitários reagem
Professores da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) divulgaram manifesto que reforça a segurança do processo eleitoral do Brasil.
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