O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Última rodada da pesquisa O POVO/Datafolha, divulgada neste sábado, 14, mostra um cenário completamente embolado entre José Sarto (PDT) e Capitão Wagner (Pros) na disputa pela primeira posição da corrida até a Prefeitura de Fortaleza.
Alguns dados, no entanto, se destacam. Na pesquisa deste sábado, os candidatos do PDT e do Pros empatam em todos os segmentos do eleitorado, com exceção de dois. Cenário é diferente do que era mostrado nas quatro rodadas anteriores da pesquisa em Fortaleza, onde Sarto e Wagner levavam vantagem sobre o outro em diversos recortes da população.
Um dos segmentos onde ainda existe uma vantagem de um sobre o outro é entre o eleitorado evangélico. Nesta parcela do eleitorado, Wagner lidera isolado com 39% das intenções de voto, seguido por 26% de José Sarto e 16% de Luizianne Lins (PT).
Outro segmento onde a disparidade entre ambos prevalece é entre os mais jovens, de idade entre 16 e 24 anos. Neste segmento, Sarto lidera com 37% das intenções de voto, contra 27% de Capitão Wagner. A performance provavelmente tem relação com a ligação entre o candidato do Pros e o presidente Jair Bolsonaro, que tem alta taxa de rejeição entre jovens fortalezenses.
A vantagem de Wagner entre evangélicos se reflete na estratégia da campanha do Pros na reta final da disputa. Neste sábado, o candidato reuniu diversos parlamentares ligados a igrejas protestantes na Capital, incluindo André Fernandes (Republicanos), Ronaldo Martins (Republicanos), Dr Jaziel (PL), Dra. Silvana (PL), Priscila Costa (PSC) e David Durand (Republicanos).
Diante de uma perspectiva de segundo turno entre Wagner e Sarto, o candidato do Pros precisaria avançar principalmente sobre eleitorado de Luizianne Lins (PT) para chegar à vitória. Parece questionável, portanto, a opção de Wagner em estreitar ainda mais vínculos com bolsonaristas e evangélicos mais radicais. Ambos setores bem em baixa entre o eleitorado petista.
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