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Quase dois anos depois, Moro enfim condena motim de PMs no Ceará
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Quase dois anos depois, Moro enfim condena motim de PMs no Ceará

Durante o motim de fevereiro de 2020, Moro veio ao Ceará e foi muito criticado por não fazer uma condenação firme ao movimento
Moro justificou postura com movimento afirmando que buscava "construir pontes" entre governo e amotinados (Fotos: Fabio Lima/O POVO) (Foto: FÁBIO LIMA/O POVO)
Foto: FÁBIO LIMA/O POVO Moro justificou postura com movimento afirmando que buscava "construir pontes" entre governo e amotinados (Fotos: Fabio Lima/O POVO)

Quase dois anos após o motim de fevereiro de 2020 no Ceará, o ex-ministro Sergio Moro enfim fez uma crítica mais direta ao movimento de policiais militares na manhã desta segunda-feira, 6. Em entrevista à Rádio O POVO/CBN, o agora presidenciável reforçou movimento como “ilegal”, mas defendeu “postura apaziguadora” à época.

Durante o motim, Moro veio ao Ceará e foi muito criticado por não fazer uma condenação firme ao movimento. Na época, o então ministro chegou até a dizer que o movimento era ilegal, mas amenizou críticas destacando que amotinados "não poderiam ser criminalizados" e que agentes deveriam ser "valorizados". Agora, justifica a postura dizendo que tentava "reconstruir pontes" entre o governo e amotinados.

“Isso é muito fácil de explicar. Tinha uma crise de segurança, os policiais militares estavam em paralisação. A gente valoriza muito (esses agentes), mas toda greve de PMs é fora da lei. Agora, tinha um clima aqui no Estado, o governador fez críticas muito severas aos PMs e rompeu todas as pontes que tinha entre governo e PMs”, disse, após ser questionado pelo jornalista Jocélio Leal.

“Não tem como chegar restabelecendo o diálogo querendo chutar essa porta. Sempre fui uma pessoa de diálogo, quis colocar uma postura mais eficiente. Em vez de ofender os policiais, botar uma palavra agressiva, eu queria sentar na mesa”, diz.

A postura pacifista com os amotinados, que chegou a ser comemorada em um dos quartéis tomados pelos agentes, não foi acompanhada à época por outros ministros de Jair Bolsonaro que vieram ao Ceará. Durante o motim, até mesmo bolsonaristas de primeira hora, como André Mendonça (AGU), Fernando Azevedo (Defesa) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência) condenaram diretamente o movimento.

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