O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
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O ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) defendeu na última sexta-feira, 13, proposta de José Sarto (PDT) que quer instituir o passaporte da vacinação para prédios públicos de Fortaleza. Nas últimas semanas, a proposta tem gerado intenso debate na Câmara Municipal, inclusive com mobilização da oposição contra a medida.
“Eu sou completamente a favor, e acho que é inexplicável alguém defender o direito à liberdade se opondo ao direito à vida dos outros, não só à sua própria (vida). Isso é, infelizmente, mais um ato de distorção do verdadeiro debate da ciência, de falsa ideologização em torno dessa pandemia”, disse Roberto Cláudio.
“É lamentável ver que algumas pessoas de mandato público defendem o não passaporte, porque isso é estar do lado das mortes, da falta de proteção à vida, da falta de responsabilidade com a vida do outro”, afirmou ainda, durante almoço da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) com o governador Camilo Santana (PT) e políticos cearenses.
Com votação prevista para esta semana, o passaporte da vacinação deverá exigir a apresentação de comprovante de vacinação completa para o acesso de prédios públicos da Capital. A medida prevê a exigência inclusive para servidores, funcionários terceirizados, estagiários e demais colaboradores da Prefeitura de Fortaleza.
Na última terça-feira, 7, a oposição de José Sarto reuniu sete vereadores, a maioria religiosos ou bolsonaristas, em audiência pública para debater a proposta. Como não houve participação da gestão, o evento acabou ganhando ares de protesto público contra o passaporte da vacinação, inclusive com diversos discursos atacando – sem comprovação científica – eficácia de vacinas.
Na quinta-feira passada, 9, o vídeo da transmissão ao vivo da audiência foi inclusive retirado do ar pelo YouTube, que entendeu que as imagens violavam as diretrizes da plataforma ao difundir informações falsas ou questionáveis sobre vacinas. Autora do pedido de audiência, a vereadora Priscila Costa (PSC) criticou a decisão, acusando a plataforma de “censurar” as “opiniões divergentes” sobre o assunto.
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