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APS nega relação com motim e diz que recursos financiaram apenas serviços para sócios
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

APS nega relação com motim e diz que recursos financiaram apenas serviços para sócios

Uma das entidades na mira da CPI do Motim, a APS destaca grande volume de serviços prestados para agentes de segurança no Ceará
CPI ouviu presidente da APS, Cleyber Araújo (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita CPI ouviu presidente da APS, Cleyber Araújo

Uma das entidades na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Motim na Assembleia Legislativa do Ceará, a Associação dos Profissionais da Segurança (APS) emitiu nota nesta quarta-feira, 6, afirmando que todos os recursos da entidade são investidos em serviços voltados para seus associados.

Leia também: Vereador que presidia associação assinou cheques de R$ 89 mil dias antes do motim

“São quase 9 anos de existência dessa instituição. Todos esses anos foram voltados para cumprir amparo moral, social e intelectual dos Policiais Militares, Bombeiros Militares, Policiais Civis, Policiais Penais, Agentes da Perícia Forense, Agente Socioeducativos e Pensionistas, prestando-lhes amparo assistencial e beneficente”, destaca a entidade.

Na última terça-feira, 5, o relator da CPI do Motim, Elmano Freitas (PT), revelou que a entidade chegou a movimentar R$ 2,3 milhões em cheques entre cinco anos investigados pela comissão. Classificando as movimentações como suspeitas, o deputado disse “não ter dúvidas” de que a entidade funcionou como “braço político” do grupo do deputado Capitão Wagner (UB), pré-candidato ao Governo do Ceará.

Atualmente, uma das linhas de investigação adotadas pela comissão é de que as associações teriam sido utilizadas como fonte de financiamento para atividades do motim. Na última terça-feira, o atual presidente do grupo, Cleyber Barbosa, prestou depoimento ao grupo e rejeitou a tese.

Em nota, APS reforça que os recursos apenas custearam ações administrativas e financeiras da associação. “A APS já realizou mais de 36 mil atendimentos Jurídicos, 8 mil atendimentos Psicológicos, 2.900 atendimentos de Fisioterapia, 4.600 hospedagens no Hotel de Trânsito APS, disponibiliza também o Serviço Funerário, entre outros serviços que são de suma importância para os sócios e dependentes”, diz.

“A diretoria da APS é formada por profissionais da Segurança Pública que cumprem escalas de serviços. Muitas vezes o Diretor Financeiro não está totalmente à disposição da associação, por isso é necessário, como em qualquer outra entidade ou estrutura que lida com responsabilidades financeiras, o uso do dinheiro em espécie no dia a dia para as demandas internas e externas”, reforça ainda a entidade.

A associação afirma ainda que todos os recursos são fiscalizados por um conselho fiscal, que realiza prestação de contas anual aos sócios. “Todas prestações de contas da entidade foram aprovadas até os dias atuais e não há nenhum tipo de irregularidade. Todos os saques são registrados em um livro razão (documento contábil e legal) e foram enviados para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas, no entanto, não foram apresentados por ela em audiência”.

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