O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
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Atual secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba, não deve continuar no cargo durante o governo Elmano de Freitas (PT). Apesar de bem avaliada pelo petista e de ter recebido convite dele para seguir na atual função, a secretária deverá aceitar convocação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e acompanhar o senador eleito Camilo Santana (PT) em alguma das diretorias do Ministério da Educação.
A informação foi confirmada por lideranças de partidos aliados de Elmano e por pessoas próximas da secretária. A reviravolta "complica" a montagem da equipe do petista, uma vez que Pacobahyba era um dos nomes de maior consenso entre o secretariado, principalmente pelo caráter técnico da área.
Com menos de uma semana até a posse, o governador eleito Elmano de Freitas (PT) só definiu sete secretários de uma equipe que promete ter mais de vinte nomes. Inicialmente, o próximo chefe do Executivo planejava divulgar os nomes até a primeira quinzena de dezembro, tendo ele próprio chegado a destacar a importância do "tempo de sobra" para que os futuros integrantes do governo se familiarizem com as áreas antes da posse.
Mais de dez dias após o prazo, no entanto, a divulgação dos nomes da equipe de governo segue travada e com muitas lacunas abertas. O primeiro "imprevisto" que dificultou o fechamento da equipe foi o breve impasse em torno da indicação do senador eleito Camilo Santana (PT) para o Ministério da Educação de Lula (PT), cargo para o qual a atual governadora Izolda Cela (sem partido) também foi cogitada.
O novo impasse que impede o fechamento da equipe, no entanto, diz respeito à já confirmada participação de integrantes do PDT na gestão Elmano. Vale lembrar que, desde o resultado da eleição deste ano, existe uma ala do partido - próxima do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) - que defende que o partido parta para a oposição do governo petista na Assembleia Legislativa.
É maioria entre os deputados do partido, no entanto, a posição que defende uma aliança com a nova gestão, inclusive com indicação de integrantes da equipe do governo Elmano. A necessidade de "contemplar" tanto a bancada pedetista quanto o senador Cid Gomes (PDT), um dos principais defensores da aliança entre PT e PDT nas discussões internas do pedetismo local, seria hoje a barreira final para o fechamento do secretariado.
Algumas das "incógnitas" em disputa envolveriam as secretarias tanto da Educação quanto de Recursos Hídricos, assim como de órgãos de grande relevância, como a gestão do Complexo Industrial do Porto do Pecém. Para estas posições, não existe hoje consenso entre o novo governo, o grupo de Cid e os de outros pedetistas com interesses próprios.
Chamados apenas na semana passada para conversar com Elmano, líderes de siglas que apoiaram o petista na eleição afirmam que já existem diversos nomes "praticamente confirmados" para uma série de pastas na gestão. A "batida de martelo", no entanto, ainda dependeria do acordo entre o governador eleito, Cid e os pedetistas.
Outra aposta escutada nos bastidores é o de que a deputada Augusta Brito (PT) não assumirá vaga no governo de Elmano de Freitas, optando por tomar posse da vaga de Camilo Santana (PT) no Senado Federal. A segunda suplente de Camilo e Augusta, Janaina Farias (PT), deverá acompanhar o petista no MEC.
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