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Secretário cobra Estado por ações na Praia de Iracema
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Secretário cobra Estado por ações na Praia de Iracema

o secretário destaca uma série de obras da Prefeitura sendo tocadas na região, como a reforma do espigão do Poço da Draga, que ficariam "incompletas" sem as intervenções do Estado
Tipo Análise
Reforma da Ponte dos Ingleses está parada (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Reforma da Ponte dos Ingleses está parada

O secretário da Infraestrutura da gestão José Sarto (PDT), Samuel Dias, cobrou na última semana que o Governo do Ceará traga "definição" para três grandes ações estaduais atualmente em andamento na Praia de Iracema: a obra do Acquario Ceará e a requalificação da Ponte dos Ingleses e do Edifício São Pedro.

"São três coisas que toda a vez que a gente vai na Praia de Iracema nós somos cobrados, mas que na verdade nós não podemos resolver, porque tem a ver com o Governo do Estado", disse Dias, em entrevista à Rádio O POVO/CBN. "Nós já recuamos os tapumes do Acquario para revitalizar a área, mas a obra continua lá. Prejudica muito a imagem da Praia de Iracema, então seria muito importante que o Estado desse uma definição", afirma.

Beira Mar "incompleta"

Neste sentido, o secretário destaca uma série de obras da Prefeitura sendo tocadas na região, como a reforma do espigão do Poço da Draga, que ficariam "incompletas" sem as intervenções do Estado. "A gente só espera que também sejam concluídas intervenções do Governo do Estado naquela área, para que não fique uma coisa incompleta", diz.

"Parte da reforma da Ponte de Ingleses, na questão da recuperação da estrutura física, ficou com a Prefeitura. E a parte que cabia ao Município nós já concluímos há mais de um ano", diz. Sobre o São Pedro, o secretário afirma que o prédio tem sido invadido por populares e ofereceria hoje inclusive "risco real" de desabamento. "O São Pedro está sendo invadido por moradores de rua e o particular não pode fazer nada com o prédio, porque ele foi declarado utilidade pública pelo Governo do Estado, para ser desapropriado. E já tem mais de seis meses que isso foi feito e ele continua lá, sem nenhuma ação, sem nem ter sido paga a desapropriação", diz.

A coluna procurou a Secretaria do Turismo do Ceará para ouvir o Governo do Estado sobre os questionamentos de Samuel Dias, mas não obteve resposta até o fechamento desta página.

PL da queda de braço

Em semana cheia de notícias ruins para o governo Lula (PT) no Congresso, a Câmara dos Deputados acabou adiando a votação do PL 2630, popularmente conhecido como PL das Fake News. Primeiro grande "teste" para a base do governo, o projeto acabou postergado mesmo com atuação forte do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pela matéria.

Baixada a poeira, é fácil ver que o governo acabou sendo pego de surpresa por uma investida intensa, mas também previsível, de grandes empresas de tecnologia - as "big techs" - contra a regulação do setor. Na esteira disso, houve também intensa campanha de bolsonaristas contra a medida, marcada por informações falsas e acusações de censura ou restrição religiosa jamais citadas no texto.

"Por bem ou por mal"

A novela virou caso de polícia, com o ministro Alexandre de Moraes (STF) determinando o depoimento de diretores das empresas após o Google veicular editorial contrário à proposta. Parece cada vez mais óbvio que, contrariando as expectativas de Lula e Lira, a aprovação da medida será muito mais difícil do que o esperado.

No final das contas, no entanto, a resistência no parlamento pode acabar sendo um tiro no pé das empresas. Após as últimas eleições, ficou claro que o STF não aceitará mais que as redes continuem como "terra de ninguém", onde crimes contra a democracia ou os direitos humanos podem seguir livremente. A preço de hoje, é difícil imaginar um cenário em que a regulamentação não saia, seja pelo Congresso ou por canetada do Supremo.

 

 

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