O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Carlos Mazza
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
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Após meses de especulações e negociações via Brasília, o pai do ministro Camilo Santana (PT), Eudoro Santana (PSB), assumirá oficialmente no próximo sábado, 26, o comando do PSB no Ceará. A posse dá ponto final e marca vitória do grupo de Camilo e Elmano de Freitas (PT) no "cabo de guerra" pelo controle do partido que se arrasta desde a eleição do ano passado, quando o PSB apoiou Roberto Cláudio (PDT) para a eleição estadual.
Com Eudoro na chefia da sigla, parece extremamente improvável que o partido não esteja na base do PT na eleição de 2024 em Fortaleza, o que significa também um partido a menos para o arco de aliança a ser montado para a reeleição de José Sarto (PDT) na disputa. Em entrevista recente à coluna, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, também foi explícito, dizendo que a mudança marca "nova fase" do partido no Estado.
A reviravolta no PSB acontece menos de uma semana após o PSD anunciar, em nota dura e marcada por críticas ao prefeito José Sarto, a entrega de seus cargos na gestão do pedetista. Na eleição do ano passado, o PSD indicou seu próprio presidente local, o ex-deputado Domingos Filho, como vice na chapa de Roberto Cláudio para o Governo. Agora, o partido deverá selar acordo com a gestão Elmano de Freitas.
Ou seja, ao final do próximo sábado, o bloco governista terá conseguido "arrancar" do grupo de Sarto e RC dois de seus principais aliados no Ceará – principalmente em questão de cota do Fundo Eleitoral e do tempo de rádio e televisão. A preço de hoje, o prefeito parece contar em seu arco de aliança apenas com o próprio PDT e com a federação PSDB-Cidadania, hoje comandada pelo vice-prefeito Élcio Batista (PSDB).
A defesa do deputado Alcides Fernandes (PL) apresentou na última semana pedido para se manifestar na ação que pede a declaração da suspeição do juiz eleitoral Érico Carvalho, integrante do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) e um dos quatro votos favoráveis à cassação da chapa de deputados estaduais do PL em 2022 no Estado.
Na peça, o advogado de Alcides, Pedro Neto, pede que todos os litisconsortes do caso – ou seja, todos os deputados estaduais que serão impactados pela questão – sejam intimados para uma manifestação na exceção de suspeição, "inclusive sendo-lhes admitida a possibilidade de apresentar documentos e rol de testemunhas, na forma da lei".
"Por ora, nosso único desejo é o direito de participar desse processo de suspeição, produzindo provas. Do contrário, teremos cerceado nosso direito de defesa", diz Pedro Neto, que também é advogado do PL no Ceará. Caso a tese seja deferida pela Corte, seria estabelecido novo prazo para a intimação e escuta dos parlamentares.
Na ação, o presidente do partido no Estado e prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, afirma que o juiz é sócio de um escritório de advocacia ao lado de Rafael Sá, atual conselheiro da Agência Reguladora do Estado (Arce). Filho do ex-prefeito de Eusébio, Edson Sá, Rafael integra a oposição local a Acilon e também seria pré-candidato a prefeito do município, com apoio de Cid Gomes (PDT) e Camilo Santana (PT).
Em manifestação de defesa apresentada no caso, o juiz classificou a acusação como "ilação fantasiosa", baseada em "mera presunção" e "sem nenhum lastro probatório". "A exceção de suspeição necessita de prova robusta", pontua. Ele também destaca que Rafael Sá nunca concorreu a nenhum mandato eletivo, não é filiado a partido político e possui domicílio eleitoral em Aquiraz, e não no Eusébio.
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