O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
A Polícia Civil do Ceará, por meio do 34º Distrito Policial, identificou nesta quinta-feira, 27, quatro policiais militares como suspeitos no caso de ameaça contra um homem que criticou motins da corporação nas redes sociais.
As ameaças começaram após um comentário feito em uma notícia do O POVO no Instagram. Nas mensagens, um homem afirma que o movimento é ilegal e defende que agentes amotinados sejam punidos conforme previsão legal. Em uma das respostas, uma mulher chega a divulgar informações pessoais da vítima, incluindo endereço e uma foto da rua onde ela reside.
Fonte ouvida pelo O POVO confirmou que a investigação apura inclusive se a informação teria sido objeto de vazamento do sistema de informações da segurança pública do Estado. Nesse caso, além do crime de ameaça, o autor dos comentários ficaria sujeito também ao crime de violação de sigilo funcional, com pena de seis a dois anos de detenção.
Em nota desta quinta-feira, a Polícia Civil informou que, por se tratarem de profissionais de segurança pública, o inquérito será encaminhado à Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD). “Além disso, a CGD avaliará se irá instaurar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta dos policiais”, diz a nota.
Vítima recebeu até foto da rua onde mora O POVO entrou em contato com a vítima das ameaças, que não terá o nome divulgado. O homem afirma que, logo após os comentários, recebeu mensagens diretas do perfil oficial do secretário de Segurança Pública do Ceará, delegado André Costa, que o orientou a registrar Boletim de Ocorrência e afirmou que o caso teria “pronta investigação”.
Depois das publicações, a vítima chegou inclusive a receber, por mensagem privada, uma foto da rua onde mora. “Fiz uma resposta que teve muita repercussão. Fui até ingênuo, nesse sentido, porque estava respondendo muitos dos comentários me atacando. Mas, depois, me assustei”, diz a vítima, que confirmou ter registrado Boletim de Ocorrência (B.O) na manhã desta terça-feira, 25.
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