O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Entre os muitos efeitos da crise do motim cearense, um chama atenção no plano nacional: Durante as quase duas semanas de conflito, Ciro Gomes (PDT) monopolizou holofotes da oposição a Jair Bolsonaro como sempre tentou fazer, mas nunca tinha conseguido.
Desde o episódio envolvendo disparos contra Cid Gomes (PDT) em Sobral, a crise ganhou proporção que colocou o Estado no centro da política nacional. E, até o final do embate, nenhuma voz de oposição teve tanta repercussão como a do primogênito Ferreira Gomes.
A partir do momento em que os policiais cearenses decidiram cruzar os braços até a assinatura de acordo na noite de domingo, muito pouco se ouviu do Partido dos Trabalhadores ou do ex-presidente Lula – até então número 1 isolado na oposição. Ciro, por outro lado, fez barulho que lhe rendeu ataques do próprio Bolsonaro e de seu mais popular ministro, Sergio Moro.
A julgar pela postura adotada nas duas últimas semanas, o pedetista “radicalizou” contra Bolsonaro em uma linha que dificilmente terá volta. Se antes em entrevistas chamava o presidente de “irresponsável”, Ciro passou a chamar o chefe do Executivo de “vagabundo” e “miliciano”, sobrando ataques pesados até para os filhos do presidente.
A subida de tom faz sentido: o episódio, afinal de contas, terminou para Ciro com um irmão baleado. Resta saber agora é se o pedetista e presidenciável consegue manter os holofotes sobre si, agora que o clima começa a clarear no Estado. Vontade não vai faltar.
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