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Cloroquina provoca alterações cardíacas e não deve ser usada fora de hospitais, diz MS
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Cloroquina provoca alterações cardíacas e não deve ser usada fora de hospitais, diz MS

Além disso, o secretário-executivo do MS destacou que ainda não existem confirmações científicas da eficácia do medicamento para o tratamento da covid-19
O presidente Jair Bolsonaro tem divulgado que o medicamento tem eficácia no tratamento da covid-19, o que carece de comprovação científica (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução O presidente Jair Bolsonaro tem divulgado que o medicamento tem eficácia no tratamento da covid-19, o que carece de comprovação científica

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Denizar Vianna, fizeram nesta terça-feira, 25, uma série de alertas sobre o uso sem indicação médica da cloroquina, remédio para malária que tem sido testado para tratamento do novo coronavírus.

Em coletiva da pasta em Brasília, Gabbardo destacou que, em alguns casos, a cloroquina pode provocar alterações cardíacas em alguns pacientes, e por isso é um medicamento perigoso e que só deve ser utilizado dentro do contexto hospitalar e com acompanhamento médico.

Além disso, o secretário-executivo do MS destacou que ainda não existem confirmações científicas da eficácia do medicamento para o tratamento da covid-19. Após a fala, técnicos da pasta reforçaram apelo para que as pessoas não corram às farmácias para adquirir o remédio.

"Não usem cloroquina ou hidroxicloroquina de forma individualizada. Isso deve ser feito no ambiente hospitalar, sob orientação médica", reforça Denizar Vianna.

Nos últimos dias, o medicamento adquiriu grande popularidade após o presidente Jair Bolsonaro destacar a “grande eficácia” da cloroquina no tratamento do novo coronavírus. A tese, que já era defendida dias antes pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ainda segue em testes.

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