André Fernandes: não roubar é o mínimo e não é o bastante
Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Na sessão que suspendeu seu mandato, o deputado André Fernandes (Republicanos) falou muito de honra. Repetiu que não há contra ele nenhuma acusação de corrupção. É verdade. Ocorre que não roubar não é o bastante. Não roubar é o básico, o elementar, o mínimo. Verdade que, muitas vezes, esse mínimo não é cumprido. Mesmo assim, honestidade é pré-requisito. Não é o bastante. Não basta ser honesto e, por exemplo, ser incompetente, ou ser relapso, ou não ser responsável, ou faltar com o decoro. Não estou dizendo que o deputado fez isso. Menciono problemas que vão além de envolvimento com corrupção.
Tive um professor que brincava que, no Brasil, ética é programa de governo. O sujeito diz: "Prometo não roubar". Ora, é o mínimo. Cumprido esse básico, há outros critérios a atender.
Fernandes é novo na política. Espero que, na carreira, siga sem ser acusado de corrupção. E que isso não seja forma de diferenciar dos outros, pois é o que se exige de todo agente público.
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