Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
O governador Camilo Santana (PT) encontrou brecha como talvez não ache outra neste primeiro turno para entrar na campanha. Ele vem explorando o limite das possibilidades para demonstrar o apoio que não pode explicitar a José Sarto (PDT). Quando Luizianne Lins (PT) passa a usar a imagem e o nome do governador, confunde ainda mais as coisas. Ocorre que Camilo não pode fazer campanha a favor. Porém, entrou com os dois pés na campanha contra Capitão Wagner (Pros). Não é muito o estilo do governador. Mas, ele bateu com força. Trouxe episódio que incomoda o Capitão. Quando teve postura questionada pela própria categoria. Antes do início do movimento, ele articulou para que houvesse acordo. Foi acusado pela categoria, e pediu desculpas, por aceitar termos que não agradaram aos policiais. Quando o movimento começou, ele ficou ao lado deles. Mas, evitou se envolver demais. Foi diferente de 2012.
A declaração de Wagner ao Sistema Verdes Mares, dando a brecha para Camilo entrar na campanha, foi comemorada nas fileiras do governismo cearense. Vinham buscando meios de colocar o governador na campanha, e encontraram ontem.
José Sarto (PDT) tem 16% e o número me surpreende. Considerável para quem é tão pouco conhecido e com tão pouco tempo de campanha. A rejeição, 17%, é inferior à dos líderes.
Transmissão de jogo da seleção brasileira pela TV Brasil teve abraço para o presidente Jair Bolsonaro. Lembrou-me aqueles shows realizados nos rincões mais atrasados, com a banda de forró mandando alô para o prefeito. A TV Brasil é pública, não é feudo particular do presidente. Lembrou os piores anos da exploração política do futebol pelo populismo de Estado.
Exploração política do esporte remonta ao menos a Getúlio Vargas. Tem sido recorrente ter governantes misturados durante festas de títulos - vide o recentemente afastado Wilson Witzel - e até entregando taças - caso de Jair Bolsonaro.
O esporte brasileiro está repleto de problemas, mas o maior deles não é a manifestação política de atletas. Pelo contrário. A cúpula do futebol brasileiro foi alvo de investigações de denúncias, o então presidente da CBF, José Maria Marin, foi preso na Suíça.
Há uma fila de políticos e empreiteiros presos por irregularidades na organização da Copa do Mundo e nas Olimpíadas. Denúncias atingem um monte de federações esportivas, inclusive do vôlei. E quase ninguém do meio fala nada. Por isso querem os atletas calados.
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