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Lockdown em Fortaleza: a crítica que eu faço a Camilo Santana
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Lockdown em Fortaleza: a crítica que eu faço a Camilo Santana

Governador, prefeito Sarto e secretário têm sido criticados pelo lockdown. Também tenho minha crítica, mas é diferente da maioria
Tipo Opinião
Praça das Flores, em Fortaleza, em noite de toque de recolher (Foto: BARBARA MOIRA)
Foto: BARBARA MOIRA Praça das Flores, em Fortaleza, em noite de toque de recolher

A decisão anunciada pelo governador Camilo Santana (PT), pelo prefeito José Sarto (PDT) e pelo secretário da Saúde, Dr. Cabeto, de decretar lockdown em Fortaleza tem sido bombardeada. Causa prejuízo econômico, social e emocional. Não cabem críticas ao que têm decidido as autoridades? Certamente decisões públicas estão submetidas a essa avaliação. E eu tenho, sim, críticas. Diferentes, por certo, da maioria das que têm sido feitas.

Camilo anunciou o aumento das restrições no fim de janeiro. Amplificou para o período desde antes até logo depois do Carnaval. Passada a folia que não houve, novas restrições, aprofundadas uma semana depois, até chegar à decisão limite. Sem fazer segredo, o governo tentou até aqui preservar as atividades econômicas. Até que não deu mais. Ontem, antes do anúncio, ele se reuniu com representantes empresariais.

Qual minha crítica a Camilo? Parece-me que foram sendo tentadas medidas paliativas, de menor impacto tanto negativo quanto positivo. E que foram se agravando cada vez mais, para a pandemia e a economia. Parece-me que, se tivessem sido tomadas antes medidas mais duras, teríamos hoje um cenário melhor. Talvez não chegasse a quadro tão grave.

Entendo, todavia, a tentativa de preservar a economia. O impacto é enorme, com recessão e desemprego. Tem uma questão pragmática para o Estado: a arrecadação cai bastante. E tem o aspecto político, da enorme pressão. Ainda assim.

Se os críticos batem no governador, no prefeito, no secretário e no comitê pelas medidas que anunciam agora, minha crítica é por não terem adotado antes ações numa escalada que já se desenhava inevitável.

Da coluna do O POVO

Foto do Érico Firmo

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