Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
A governadora Izolda Cela (PDT) fechava a primeira semana no cargo quando se viu no meio de uma polêmica na base aliada. Um destacado vereador de Fortaleza, Adail Júnior (PDT), entendeu que a simpatia por uma candidatura dela por parte do PT e do deputado federal José Guimarães (PT) indicava que ela está mais para PT que para PDT. "Eu fico desconfiado, muito preocupado com essa imposição. Porque eu, pedetista, eu, vereador Adail Júnior, já tenho uma desconfiança muito grande do sangue que corre na nossa governadora Izolda Cela. E agora o Guimarães com essa declaração significa dizer o que para mim? Que ela é petista. Segundo o Guimarães”, disse Adail. Como já escrevi, o vereador é um dos mais influentes da Câmara, mas não é um dos líderes da aliança. Não é pela posição dele que um candidato ou candidata será escolhido ou deixará de ser. Mas, há o simbolismo de ser a primeira investida de um aliado contra um dos pré-candidatos do PDT. E logo aquela que hoje ocupa o governo do Estado.
Izolda, ao comentar o assunto, demonstrou mais manha política do que se pode supor à primeira vista. Ela poderia ser evasiva, e isso iria transparecer fraqueza. Poderia dizer algo que amplificasse a crise. Questionada pelo jornalista Henrique Araújo, porém, ela deu uma resposta forte, segura e que não aumenta o problema. Demarca uma posição: "Meu sangue é sertanejo. Isso me define melhor", disse na noite de ontem, antes de entregar a Medalha Iracema ao antecessor, Camilo Santana (PT). Uma saída esperta e que a posiciona bem no debate.
Educação é a aposta de Sarto
No Jogo Político de terça-feira, 12, o líder do prefeito José Sarto (PDT) na Câmara, vereador Gardel Rolim (PDT), comentou a popularidade da administração. Pesquisa Opnus divulgada pelo O POVO na semana passada mostrou que o prefeito tem 37% de aprovação e 57% de desaprovação. Durante o programa, perguntei a ele sobre que ações podem ser esperadas para melhorar a popularidade da gestão. Gardel destacou aquilo que já é a bandeira do grupo político: educação. A começar pelo concurso de duas mil vagas para professor, cuja aprovação e sanção pelo prefeito o líder projeta para ocorrer dentro de até 20 dias.
A popularidade na classe média
Qualidade da educação é a melhor aposta que qualquer governo pode fazer, aquela que dará resultados mais duradouros. É uma política que chega à maior parte da população, atendida pela escola pública. É algo que muitas vezes, todavia, não fala à classe média. Educação pode ajudar a melhorar a popularidade do prefeito, mas o efeito é menor conforme a renda da população considerada aumenta. Mas, quando se fala de concurso, aí já atinge o segmento concurseiro, de classe média em considerável parcela.
Chuvas e o prefeito
Gardel também tratou de algo que eu já escrevi aqui: as chuvas causam problemas urbanos que atrapalham a popularidade de quem está na Prefeitura. Com as ruas esburacadas como hoje estão, não há popularidade que se segure. As chuvas tanto abrem buracos quanto dificultam o reparo.
O Viagra, a hipertensão e a picanha
O Ministério da Defesa justificou a compra de 35 mil comprimidos de Viagra como forma de tratar hipertensão arterial. Certo, essa é uma das aplicações do medicamento, entre outras. Mas, ocorreu-me outra recente compra questionada para as Forças Armadas.
Foram comprados 714 toneladas de picanha 1,3 milhão de quilos de carvão vegetal e 80 mil latas de cerveja. Poxa, com o tanto de militares com hipertensão, esse churrasco com cerveja não é recomendável.
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