Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), tem se movimentado intensamente nas articulações políticas. Ele indicou na semana passada o vereador Fábio Rubens (PSB) para secretário da Regional 8.
O que chama mais atenção é que a mesma secretaria já havia passado por mudança na reforma administrativa de janeiro. Luiz Taumaturgo, um engenheiro com passagens pelo setor de obras do Estado e da Prefeitura, havia sido nomeado no lugar de Mosiah Torgan, filho do ex-vice-prefeito Moroni Torgan (Cidadania). As demandas políticas acabaram precisando do cargo.
Dias antes, o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PL) assumiu a Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci).
O ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) criticou o governador Elmano de Freitas (PT) por usar a reforma administrativa para “atender a compromissos políticos”. É bom não descuidar do que tem feito o aliado Sarto, com os cargos que já existem.
PSB dividido
Chamam atenção as divisões políticas do PDT no Ceará, mas o que dizer do PSB? Na mesma semana em que Fábio Rubens foi para a Regional 8, o vereador Eudes Bringel anunciou o rompimento com a base de Sarto. Disse ter sido alvo de retaliação por votar contra a Taxa do Lixo, em dezembro.
Outro vereador do partido, Léo Couto, era vice-líder de Sarto, mas rompeu e hoje faz oposição. E recentemente o vice-prefeito Élcio Batista saiu do PSB para se filiar ao PSDB.
Medalhas
No último sábado, 25, foram anunciados os homenageados com a Medalha da Abolição 2023. Na lista está Katia Magalhães Arruda, ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Também receberá a comenda o arcebispo de Fortaleza, dom José Antonio Aparecido Tosi Marques. O sacerdote chega aos 75 anos em maio. Nessa idade, os bispos devem entregar a carta de renúncia. A chamada resignação era compulsória, mas, desde 2018, o papa Francisco passou a permitir que o sacerdote siga na função. A decisão cabe ao próprio papa.
Outro a receber a medalha é o ex-deputado estadual Eudoro Santana. Ele é pai do ministro Camilo Santana (PT). Foi secretário de Agricultura e Reforma Agrária no primeiro governo Tasso Jereissati, diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) no primeiro governo Lula e teve cargos na Prefeitura de Fortaleza nas gestões Roberto Cláudio e José Sarto.
Completa a lista o empresário Vilmar Ferreira, dono da Aço Cearense. Ele é um assíduo doador de campanhas eleitorais. No ano passado, com o rompimento da aliança entre PT e PDT, ele doou R$ 400 mil para Roberto Cláudio (PDT) e R$ 340 mil para Elmano de Freitas (PT). Ora, mas então ele doou mais para o adversário e ainda assim receberá a medalha do atual governador? Pois é. Pode ser indicativo de que a doação não pesou para a homenagem. Ou quem sabe tenha influenciado a filha dele, Rose Marie Ferreira, também fazer uma doação para a campanha de Elmano, no valor de R$ 360 mil. Ela não doou para Roberto Cláudio.
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