Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Foto: FÁBIO LIMA
Sarto: mudanças seguidas na gestão
O prefeito José Sarto (PDT) trocou outro secretário. É a terceira mudança em 12 dias. Como diz no Jardim América, Sarto está com um frivião para mexer tanto na equipe. Desta vez, a troca é no Planejamento. Sai Marcelo Pinheiro e entra João Marcos Maia, que já foi secretário da Fazenda do Estado e atuou por muito tempo ao lado do deputado federal Mauro Filho (PDT), em várias funções na economia estadual. Tem bastante experiência. Pelo menos dessa vez ele mudou um secretário que vinha desde o início da gestão. Os dois que haviam sido substituídos antes não estavam no cargo nem há três meses.
Uma coisa fica clara: Sarto está irrequieto, demonstra insatisfação com aspectos da gestão, e está decidido a fazer as coisas funcionarem. Isso é positivo. Negativo é fazer tantas trocas, principalmente de secretários que tinham acabado de entrar. Mudar o que está ruim é importante, mas em algum momento precisará estabilizar a gestão — com uma equipe que funcione.
O fim da Funsaúde
O médico Carlos Alberto Martins Rodrigues Sobrinho, o “Dr. Cabeto”, comandou a Saúde do Ceará durante a pandemia de Covid-19. Importante cardiologista, médico de grandes empresários, Cabeto teve como grande projeto na secretaria a criação da Fundação Regional de Saúde (Funsaúde), agora extinta. O que está sendo feito e tudo que o ex-secretário não queria.
Quando a Assembleia Legislativa aprovou, no fim de 2021, projeto que reduzia a autonomia da Funsaúde em relação à Sesa, Cabeto, que já deixara o cargo, protestou. “Entender que a Fundação tem que ir para dentro da Secretaria da Saúde e voltar o clientelismo, não deixar critérios técnicos, um conselho mais independente, isso é um erro”, disse à época em entrevista ao O POVO.
Nas mudanças que começou a fazer antes mesmo da pandemia, Cabeto bateu de frente com prefeitos para mudar as indicações políticas nos consórcios de saúde. O ex-secretário dizia, pouco depois de sair, a que tinha se proposto ao entrar. “O governador (Camilo Santana) nos convidou, e desde o começo deixei muito claro para ele que tínhamos um projeto e que ele incluiria um processo de ruptura”.
Se Cabeto não gostava da ideia da Funsaúde atrelada à Sesa, não se trata agora nem de perda de autonomia. Deixam de ser duas coisas para serem apenas uma. A fundação seria responsável por gerir os hospitais estaduais.
Sintonia espiritual. E judicial
Veja como são as coisas. Donald Trump foi eleito em 2016 e, com receita parecida, Jair Bolsonaro (PL) foi eleito em 2018. Ontem Trump se apresentou ao Tribunal Criminal de Manhattan, Nova York, e ouviu a leitura pelo juiz das 34 acusações no indiciamento por falsificação de registros comerciais no pagamento de US$ 130 mil (aproximadamente R$ 420 mil à época) à atriz pornô Stormy Daniels para ela manter o silêncio sobre um suposto caso extraconjugal, dez anos antes e que ele sempre negou. O episódio se passou em meio à campanha presidencial de 2016.
Sempre na trilha de Trump, Bolsonaro depõe hoje à Polícia Federal sobre a tentativa de entrada ilegal no Brasil com joias dadas de presente ao ex-presidente e à então primeira-dama Michelle.
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