Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
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Ao participar do podcast Jogo Político nesta segunda-feira, 17, o deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) reafirmou a convicção de que o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), será candidato à reeleição. Ele evitou falar em plano B e ressaltou que o atual gestor só não buscará novo mandato se não quiser. O mesmo havia sido dito na semana passada pelo presidente interino do PDT nacional, deputado federal André Figueiredo. “A situação já está bem definida. O Sarto só não será candidato se ele não quiser. Não podemos ficar perdendo tempo com outras alternativas”, disse.
A posição do grupo parece consolidada: Sarto é o candidato para eles. Todas as manifestações são nesse sentido. Mas, surge uma vírgula. Ela pode ser apenas o reforço do óbvio. Pois ninguém é candidato à força. Por mais que políticos digam que não pretendiam disputar, o sujeito só concorre se quiser. Porém, talvez haja algo mais na brecha aberta.
Afinal, Sarto quer ser candidato? Desde o ano passado, o prefeito afirma que sim. Já repetiu este ano a intenção de ser candidato. Então, por que ainda há pontuação de quem duvida?
A parcela do PDT comandada por Roberto Cláudio — o PDT do RC — trabalha efetivamente pela candidatura de Sarto. Porém, o desgaste da gestão é grande. A viabilidade talvez seja a mais discutível entre os prefeitos que buscaram a reeleição na Capital. Até hoje, todos que concorreram estando no cargo saíram vitoriosos, mesmo desgastados, o que mostra a força da máquina. Mas, não é garantia.
Há pressões para que Sarto não concorra. Hoje, a chance maior é de que ele vá para a disputa. Porém, pode-se abrir uma porta para a saída honrosa para o eventual lançamento de outro nome: ele mesmo abrir mão.
Por falar em candidaturas, durante minhas breves férias, houve a entrevista do secretário da Articulação Política do governo Elmano de Freitas (PT), Waldemir Catanho (PT), na qual ele listou possíveis nomes para concorrer à Prefeitura da Capital. Catanho é braço direito da deputada Luizianne Lins (PT) em toda a trajetória política dela. Além da parlamentar, ele citou, na FM Assembleia, a deputada estadual Larissa Gaspar (PT) e duas pessoas que hoje não estão no PT: o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), e a ex-governadora Izolda Cela (sem partido), secretária executiva do Ministério da Educação (MEC).
Evandro hoje surge como nome preferido do grupo de Elmano e Camilo Santana (PT). Porém, há complicações para ele, a partir da regra da fidelidade partidária. O entendimento para o senador Cid Gomes assumir o partido torna menos provável uma desfiliação. E, pela presença de Sarto, Evandro dificilmente concorreria pela atual legenda.
Nesse sentido, Izolda pode ser uma opção. Já havia sido abraçada pelo PT no ano passado. O próprio Elmano queria que ela fosse a candidata a governadora. Camilo, então, nem se fala. Na hipótese de uma filiação ao PT, é certo hoje que Izolda seria mais palatável aos filiados que Evandro.
O deputado federal cearense Yury do Paredão se tornou alvo de pedido de expulsão do PL, pela afinidade demonstrada com o governo Lula (PT). Yury foi mais ostensivos, mas há outros do partido de Jair Bolsonaro que podem entrar na fila da punição, pelo critério de adesão ao governismo.
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