Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Cid Gomes (PSB) criticou, e Capitão Wagner (União Brasil), no podcast Jogo Político, disse que concorda com o senador, sobre ser ruim o mesmo partido ter Presidência da República, Governo do Ceará e Prefeitura de Fortaleza. Há diferenças de perspectiva. Wagner é a favor de competição entre grupos diferentes para ver quem faz mais. Ele entende que a população sai ganhando. Não é a opinião de Cid. O senador agora do PSB é a favor do compartilhamento de poder entre partidos dentro da mesma aliança, para que só um não fique com tudo.
O PT busca a Prefeitura de Fortaleza. Tem cinco pré-candidatos. O partido está na Presidência, com Lula, e no Governo do Estado, com Elmano de Freitas. Em caso de vitória na Capital, o PT terá uma situação que ocorreu por pouquíssimo tempo em período democrático.
Na ditadura militar, presidente, governador e prefeito eram da Arena. Nos anos finais, do PDS. Mas, não é como se as pessoas tivessem opção. Desde a redemocratização, só houve um caso de prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e presidente da República serem do mesmo partido. Foi no breve período em que Ciro Gomes foi prefeito, enquanto Tasso era governador e José Sarney era presidente. Durou da posse de Ciro como prefeito, em 1º de janeiro de 1989, até 16 de janeiro de 1990, quando Ciro e Tasso se filiaram ao PSDB.
Desde então, o alinhamento nunca mais se repetiu. O PSDB nunca administrou Fortaleza. Aliás, isso veio a ocorrer no ano passado, de forma interina, quando o vice-prefeito Élcio Batista tomou posse em março. Em fevereiro de 2023, ele se filiou ao PSDB. Mas, nos anos do longo alinhamento federal e estadual, nunca ocupou o Palácio do Bispo. Quando Luizianne Lins (PT) foi prefeita, com Lula e Dilma Rousseff (PT) presidentes, os governadores foram Lúcio Alcântara, pelo PSDB, e Cid, pelo PSB. Quando Camilo Santana (PT) era governador, com Dilma presidente, o prefeito era Roberto Cláudio, primeiro pelo PSB, depois pelo Pros, por fim pelo PDT.
Salvo o ano de experiência do PMDB, em 1989, o que o PT busca em Fortaleza é algo que nunca ocorreu na democracia.
Bolsonaro evidencia a bravata para enganar trouxas
Em entrevista ao influenciador português Sérgio Tavares, no último sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a desqualificar vacinas contra Covid-19 e defender desinformação sobre tratamentos comprovadamente ineficazes. Assim como o ídolo dele, Donald Trump, Bolsonaro perdeu a reeleição pela desastrosa condução do País durante a pandemia de Covid-19. Na campanha eleitoral, a propaganda bolsonarista tentou convencer os eleitores de que o ex-presidente fez demais pela vacinação, trabalhou para a imunização estar disponível e foi responsável pelas doses começarem a ser aplicadas cedo. A realidade é que a vacinação no Brasil teve início pela iniciativa do Butantan, com decisão política de João Doria, então governador de São Paulo, sob ataques recorrentes de Bolsonaro. É uma bravata tão estapafúrdia que me admira algum marqueteiro tenha tido a pachorra de espalhar isso. Nem os bolsonaristas acham que o ex-PR, como dizem, foi assim um campeão da vacinação.
A repetição dos velhos ataques e a difusão de mais desinformação evidencia o quanto havia de lorota e estratégia de uma propaganda que buscava varrer para debaixo do tapete as trapalhadas do candidato que tentou em vão reeleger.
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