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Onde a direita cresce em Fortaleza
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Onde a direita cresce em Fortaleza

O enfrentamento entre Wagner e Fernandes já está desenhado
Tipo Opinião
CAPITÃO Wagner e André Fernandes disputam no mesmo campo (Foto: Yuri Allen, em 26/4/2024, e Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Foto: Yuri Allen, em 26/4/2024, e Bruno Spada/Câmara dos Deputados CAPITÃO Wagner e André Fernandes disputam no mesmo campo

A pesquisa do Instituto Paraná é boa para Capitão Wagner (União Brasil), que lidera e praticamente não oscilou. É boa para André Fernandes (PL), que cresce e mostra musculatura de quem está vivo e no jogo. É boa para os pré-candidatos da direita, principalmente, porque Fernandes e também Eduardo Girão (Novo) sobem sem tirar votos entre si. É até surpreendente. Resta saber até quando. O enfrentamento entre Wagner e Fernandes já está desenhado.

Estagnação

Evandro Leitão (PT) segue tímido. Surpresa seria ele subir antes da campanha. Aliás, nessa fase, até a campanha começar, não é normal haver grandes oscilações. Salvo para quem está no cargo, caso do prefeito José Sarto (PDT). Ou para quem tem muita força nas redes, como Fernandes. Mas até aí há limites.

Situação

A pesquisa traz notícias complicadas para o prefeito Sarto. Na oscilação negativa mesmo com exposição intensa. Na rejeição. Não é acaso a postura agressiva. Mas, pode aumentar a rejeição.

Por outro lado, é normal a popularidade de quem é candidato à reeleição começar a melhorar a partir da campanha, com a divulgação das ações da gestão. O problema é que, para isso, o tempo de Sarto deve ser pequeno. Bem menor que o de outros que disputaram estando no cargo.

Onde se atira e onde se acerta

Falei na coluna anterior sobre a entrevista de Ciro Gomes (PDT). Ao falar sobre o porquê de não conseguir convencer o eleitor, ele disse: “Tenho que mudar de linguagem. Tenho clareza disso. É a minha grande frustração”. Na mesma ocasião, ele voltou a falar da senadora em exercício Janaína Farias (PT), a quem ele se referiu como “cortesã”, “assessora de cama” e coisas do tipo. E reforçou tudo que falou. De novo. Inacreditável.

Ele argumentou que o alvo da crítica não era Janaína, mas Camilo Santana (PT). A emenda é pior que o soneto. É mais machista ainda, pois, a pretexto de atacar um homem, investe, ofende a senadora. Como se ela fosse um nada, não existisse, não fosse mais que um instrumento, uma cadeia de transmissão para atingir o outro. E acaba tendo a intimidade tratada como objeto de disputa política.

Ciro se envolveu em outras polêmicas, mas, que eu saiba ou me lembre, ele nunca tinha feito algo assim. O problema não é de linguagem, é de conteúdo.

Ele faz questionamentos que são legítimos. Esse definitivamente não. Questionar se Janaína tem trajetória que justifique estar no Senado: é do jogo. Faz parte. Ele diz ainda que em toda obra pública haveria propina. Seria bom apresentar elementos, detalhes (quando questionado, Ciro perguntou se era ele que deveria provar. Ora, se é ele quem acusa… Cobrou que o Ministério Público e a imprensa investigassem. Até como ponto de partida de uma denúncia tão séria, é preciso de mais indícios que a palavra dele, ou não passa disso, palavras).

Ah, já deve ter aparecido gente perguntando do filho do Lula, o escape tolo cirista usado nesse assunto. Seguem então os links de 12 matérias sobre o tema no O POVO, que achei em uma busca de segundos no Google. Esse assunto que Ciro fala que a imprensa não trata.

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