Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
O deputado estadual Carmelo Neto, presidente do PL no Ceará, chamou atenção ao aparecer ao lado de Ciro Gomes (PDT) no último fim de semana. Ele participou nesta terça-feira do O POVO News 2ª edição e deixou clara a prioridade do partido: “Nosso principal inimigo é o PT”.
Os dois lados foram alvos de questionamento. Ciro por estar ao lado de um grupo que critica recorrentemente. E os bolsonaristas, por estarem ao lado de quem, entre outros ataques, foi um dos autores da ação que tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível.
Por isso, explica, estava ao lado de Ciro no Cariri. Ressalta que defende o que já defendia e foi Ciro quem passou para a oposição ao PT. “Ele mudou de lado”, enfatiza Carmelo. E destaca que o pedetista “era da casa” do atual grupo governista e agora faz duras acusações. Por isso, precisa ser ouvido, argumenta.
Segundo Carmelo, é preciso unir forças para derrotar o PT.
Nem perto
Na segunda-feira, 22, Carmelo interveio na convenção provisória do PL em Ipueiras, para impedir aliança com o PT. À coluna, ele explicou que o partido não estará em aliança da qual o PT faça parte. “Não importa se cabeça de chapa, vice ou só na coligação”, explicou o deputado. Si hay PT, o PL será contra, seja em qual posição for na aliança. Assim, diretórios no interior precisarão fazer escolhas.
Caso a caso
E outros partidos? Alguns do campo da esquerda, críticos de Bolsonaro? Aí, segundo Carmelo, depende. Serão avaliados caso a caso. Há palanques compartilhados com o PDT. E até prefeitos do PSB. Sim, bolsonaristas no palanque do Partido Socialista Brasileiro.
Carmelo citou o caso de Morada Nova. O partido apoiará Naiara Castro (PSB), filha de Glauber Castro, prefeito por três mandatos. E, ressaltou o parlamentar, que sempre foi adversário do PT.
Não que o PSB seja esses socialismos todos. Cid Gomes não é nenhum ícone do marxismo.
Segundo turno em Fortaleza
Sobre a Capital, Carmelo descartou chance de retirada da candidatura de André Fernandes para compor uma aliança de direita com Capitão Wagner (União Brasil). Mas, sinaliza para entendimento posterior. “Uniremos forças com quem for preciso para derrotar o PT, se o PT for para o segundo turno”. Ele, porém, considera possível que o PT nem vá.
PT não vetou
No ano passado, em acirrada votação, por 29 votos a 27, o diretório nacional do PT decidiu autorizar alianças com o PL, mas proibir com candidatos identificados explicitamente com o bolsonarismo. O PL quem não quer.
Onde acaba a raiva e começa a racionalidade
Citei ontem Alexis de Tocqueville sobre os inimigos em comum serem a base das alianças. Mas, junto dela costuma estar o pragmatismo. Dizia Ulysses Guimarães: “Em política, até a raiva é combinada”.
Prosa
A propósito, a partir desta semana até o fim das eleições, o podcast Jogo Políticoterá edições de segunda a sexta-feira. Estarei por lá, assim como os colegas Carlos Mazza, Guálter George, Júlia Duarte, Vítor Magalhães, Guilherme Gonsalves e outros jornalistas do O POVO.
Errei:Diferentemente do publicado originalmente, o prefeito Ricardo Silveira é do PSD. Do PSB é o candidato a vice, Marcelo Ventura. Corrigido em 24/7, às 15 horas.
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