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O evandrismo
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

O evandrismo

Todos os indicados até agora, além da capacitação técnica, têm ingredientes políticos levados em conta na escolha. Porém, ainda não apareceu a cota partidária, que contemplará o amplo leque de alianças
Tipo Opinião
EVANDRO Leitão define peças estratégicas (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES EVANDRO Leitão define peças estratégicas

Os nomes já conhecidos da equipe de Evandro Leitão (PT) na Prefeitura de Fortaleza refletem o projeto político de parceria federal, estadual e municipal. Denise Carrá sairá da Secretaria Executiva de Comunicação, Publicidade e Eventos da Casa Civil do Estado para comandar o Turismo municipal. A expectativa é de mais intercâmbios entre esferas.

Júnior Castro (PT), prefeito de Chorozinho e futuro secretário de Governo de Fortaleza, é outra expressão do projeto “três vezes mais forte” na gestão. Porém, ele exprime outro aspecto imprescindível em qualquer governo, principalmente no coração da gestão. Castro é muito próximo de Camilo Santana (PT), foi crucial para a eleição de Elmano de Freitas (PT). Mas, é também da cota pessoal de Evandro Leitão. Ambos são aliados políticos. O prefeito de Chorozinho apoiou Evandro para deputado estadual. O presidente da Assembleia foi o parlamentar mais votado no Município em 2022. Superou até o deputado federal mais votado, Robério Monteiro — também apoiado por Castro.

Outro indicado da cota pessoal do prefeito eleito é Hélio Leitão para procurador-geral do Município. É outra função, a assessoria jurídica, na qual o governante precisa de alguém de confiança.

Todos os indicados até agora, além da capacitação técnica, têm ingredientes políticos levados em conta na escolha. Porém, ainda não apareceu a cota partidária, que contemplará o amplo leque de alianças.

Militância

Irmão de Socorro Martins, indicada secretária da Saúde de Fortaleza, o ex-vereador de Santa Quitéria Haroldo Martins, o Haroldinho, era uma das presenças do Interior que engrossaram a campanha do prefeito eleito Evandro Leitão (PT) no segundo turno.

Novo desenho do governo Elmano

A volta de Chagas Vieira à Casa Civil abre a reforma administrativa que inicia a nova fase do governo Elmano de Freitas (PT), para a segunda metade do mandato. As mudanças envolvem o coração da gestão. Chagas faz o gerenciamento macro. Além disso, outro setor nevrálgico, a área econômica, também deve mudar. Como já mostrou o colega Carlos Mazza, na Vertical, a Fazenda pode ter mudança.

O atual titular é Fabrízio Gomes. Outra possibilidade é de mudança na Secretaria do Desenvolvimento Econômico, com o retorno do atual secretário Salmito Filho (PDT) à Assembleia Legislativa. Para a Secretaria da Proteção Social, da qual Onélia Santana (PT) sairá para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), irá o deputado estadual Fernando Santana (PT), que abriu mão de concorrer a presidente da Assembleia Legislativa depois da crise deflagrada com Cid Gomes (PSB). 

Quem tem conta tem medo?

A base governista tem votos de sobra para indicar Onélia Santana (PT) ao TCE, mas ainda teve a assinatura de três parlamentares de oposição. Os pedetistas Antônio Henrique e Cláudio Pinho e a tucana Emília Pessoa. Todos têm contas a serem julgadas no TCE. Antônio Henrique presidiu a Câmara de Fortaleza, Pinho foi prefeito de São Gonçalo do Amarante e Emília foi secretária de Caucaia. O futuro ninguém sabe, mas desconfia.

São necessários ao menos nove assinaturas para indicar alguém para concorrer a conselheiro. Sem os três, a oposição não tinha número para disputar contra Onélia.

Como faz?

O presidente do TCE, conselheiro Rholden Queiroz, em café da manhã de balanço do ano, foi questionado sobre a indicação de Onélia para a Corte. Ele salientou que a escolha da Assembleia Legislativa é soberana, mas destacou: “Qualquer pessoa que venha, oriunda da vaga da Assembleia, da política, deve se despir de qualquer ligação com grupo político e vestir a toga de magistrado quando entra no tribunal”.

Tem vez que é mais difícil.

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