Depois da tragédia e do escândalo das duas mortes de adolescentes fora do estádio onde Colo-Colo x Fortaleza jogavam pela segunda rodada da Libertadores, nesta quinta-feira, 10, não resta outra alternativa para a Conmebol a não ser uma firme punição ao clube chileno.

Não se trata apenas de perder os pontos da partida ou diversos mandos de campo, mas a exclusão da competição também deve ser avaliada, tendo como base o regulamento da própria entidade, que prevê a eliminação de um clube.

Está evidente que o caso é de despreparo da polícia, mas também de incapacidade de organização de um jogo de futebol com o mínimo de segurança. Assim, a entidade que comanda o futebol da América do Sul não pode fechar os olhos para o que ocorreu dentro do estádio, com depredações e invasões. Se nada fizer, dará o recado de ser conivente com a barbárie e abrirá precedente extremamente perigoso para o futebol. 

Outro ponto fundamental: a decisão precisa ser rápida, inclusive porque existe o prazo para o término da fase de grupos (fim de maio). Quanto mais cedo os documentos e argumentações forem analisados, melhor. A CBF já fez a denúncia e o Fortaleza também já se movimenta no aspecto jurídico. Agora é preciso acompanhar todos os passos do processo, muito de perto.