Exigências de Ceará e Fortaleza para novo comando da CBF fazem todo sentido
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Foto: AURÉLIO ALVES
Fabiano Souza e Emanuel Martínez disputam bola no Clássico-Rei
A recente manifestação dos clubes da Libra e da Liga Forte União representa um movimento legítimo e necessário diante da crise institucional que se instaurou na CBF. Por mais que muitos tenham sido omissos durante anos e anos, o posicionamento de agora faz todo sentido.
Vejamos o seguinte: o apoio majoritário das federações a Samir Xaud, em contraste com a rejeição de 30 dos 40 clubes com direito a voto, expõe um desequilíbrio estrutural bizarro e que compromete a representatividade do processo eleitoral da entidade máxima do futebol brasileiro.
É absolutamente pertinente a exigência prioritária da revisão do estatuto da CBF, principalmente no que diz respeito justamente ao peso dos votos, que atualmente favorece desproporcionalmente as federações estaduais. Essa distorção enfraquece a democracia interna da CBF e impede que os principais protagonistas do futebol — os clubes — tenham voz ativa nas decisões que moldam o futuro do esporte.
A criação de uma liga independente, com reconhecimento formal e controle sobre as propriedades comerciais das Séries A e B, é uma demanda justa. Tal iniciativa coloca o Brasil em sintonia com os modelos de governança mais modernos do futebol mundial, como a Premier League, permitindo maior autonomia, profissionalização e geração de receitas para os clubes. É preciso, entretanto, que os clubes mostrem competência para tanto.
Além disso, medidas como a profissionalização da arbitragem, o estabelecimento de regras de fair play financeiro e o apoio estrutural às Séries B, C, D e ao futebol feminino são essenciais para o desenvolvimento sustentável do futebol nacional. As propostas demonstram uma visão de longo prazo - pensando no melhor dos cenários, evidente - e um compromisso com a equidade e o crescimento de todas as esferas do esporte.
A rejeição à candidatura de Xaud, cuja base de apoio está centrada nas federações e não nos clubes, é coerente com os pedidos por mudanças. O futebol brasileiro não pode mais ser comandado de forma centralizada e desconectada de seus principais agentes.
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