Guilherme Gonsalves escreve sobre política cearense com foco nas atuações Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) e Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), mostrando os seus bastidores desdobramentos no jogo político e da vida do cidadão. Repórter de Política do O POVO, setorista do Poder Legislativo, comentarista e analista. Participou do programa Novos Talentos passando pelas editorias de Audiência e Distribuição e Economia, além de Política. Também escreve sobre cinema para o Vida&Arte
O União Brasil é hoje alvo de uma queda de braço entre o Governo do Ceará e a oposição. Essa disputa, porém, não começou agora com a federação com o PP, mas vem desde o ano passado, com tratativas do alto escalão da base para atrair a sigla.
No primeiro semestre de 2024, período anterior às eleições municipais de 2024, Camilo Santana (PT), ministro da Educação, e o senador Cid Gomes (PSB) se reuniram com Capitão Wagner, presidente estadual do União, na casa de um amigo em comum em Brasília.
Jantar e propostas à mesa
No jantar, convites por parte do governistas cercaram o ex-deputado federal, e adversário político histórico do grupo, para que o partido fosse para o arco de alianças da base.
De acordo com relatos de interlocutores do União Brasil, Camilo então colocou na mesa propostas para o Capitão para que escolhesse uma vaga para o partido: vice na chapa para a Prefeitura de Fortaleza em 2024, vaga de vice para o Governo do Ceará, ou uma das cadeiras para o Senado Federal. Wagner recusou.
Questionado pela coluna sobre o momento, Capitão resumiu o encontro apenas como "passado", sem mais detalhes.
Júnior Mano em cena
O presidente do União teria entendido o movimento como uma tentativa de puxarem o seu tapete e o tirarem do comando da sigla. Camilo e Cid, junto com o governador Elmano de Freitas (PT), tentaram fazer articulações para que o deputado federal Júnior Mano (PSB) se filiasse ao partido, fosse presidente e levasse a agremiação para a base governista, sendo o candidato a senador.
Com a recusa, o aliado de Cid então migrou para o PSB e o Capitão Wagner foi reconduzido a presidência do União Brasil no Ceará até 2027. Ele também é o mais cotado para comandar a federação União Progressista.
"O partido esteve na iminência de estar nas mãos do Governo", disse um membros do partido à coluna.
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