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Bastidores do dia em que Camilo e Cid conversaram com Wagner para tentar atrair União Brasil
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Guilherme Gonsalves escreve sobre política cearense com foco nas atuações Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) e Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), mostrando os seus bastidores desdobramentos no jogo político e da vida do cidadão. Repórter de Política do O POVO, setorista do Poder Legislativo, comentarista e analista. Participou do programa Novos Talentos passando pelas editorias de Audiência e Distribuição e Economia, além de Política. Também escreve sobre cinema para o Vida&Arte

Bastidores do dia em que Camilo e Cid conversaram com Wagner para tentar atrair União Brasil

O ministro e o senador tentaram convencer o ex-deputado federal a levar o União Brasil para a base do Governo ainda em 2024
Tipo Notícia
Camilo Santana (PT), Cid Gomes (PSB), Capitão Wagner (União) (Foto: Fabio Lima / Fernanda Barros / Aurélio Alves)
Foto: Fabio Lima / Fernanda Barros / Aurélio Alves Camilo Santana (PT), Cid Gomes (PSB), Capitão Wagner (União)

O União Brasil é hoje alvo de uma queda de braço entre o Governo do Ceará e a oposição. Essa disputa, porém, não começou agora com a federação com o PP, mas vem desde o ano passado, com tratativas do alto escalão da base para atrair a sigla.

No primeiro semestre de 2024, período anterior às eleições municipais de 2024, Camilo Santana (PT), ministro da Educação, e o senador Cid Gomes (PSB) se reuniram com Capitão Wagner, presidente estadual do União, na casa de um amigo em comum em Brasília.

Jantar e propostas à mesa

No jantar, convites por parte do governistas cercaram o ex-deputado federal, e adversário político histórico do grupo, para que o partido fosse para o arco de alianças da base. 

De acordo com relatos de interlocutores do União Brasil, Camilo então colocou na mesa propostas para o Capitão para que escolhesse uma vaga para o partido: vice na chapa para a Prefeitura de Fortaleza em 2024, vaga de vice para o Governo do Ceará, ou uma das cadeiras para o Senado Federal. Wagner recusou. 

Questionado pela coluna sobre o momento, Capitão resumiu o encontro apenas como "passado", sem mais detalhes.

Júnior Mano em cena

O presidente do União teria entendido o movimento como uma tentativa de puxarem o seu tapete e o tirarem do comando da sigla. Camilo e Cid, junto com o governador Elmano de Freitas (PT), tentaram fazer articulações para que o deputado federal Júnior Mano (PSB) se filiasse ao partido, fosse presidente e levasse a agremiação para a base governista, sendo o candidato a senador.

A possível ida de Mano ao União Brasil foi levada até o presidente nacional, Antônio Rueda, e as propostas governistas também. Com isso, o também deputado Danilo Forte (União) foi com Wagner convencer o Rueda a não permitir a filiação. Júnior Mano já estava pronto para assumir.

Com a recusa, o aliado de Cid então migrou para o PSB e o Capitão Wagner foi reconduzido a presidência do União Brasil no Ceará até 2027. Ele também é o mais cotado para comandar a federação União Progressista.

"O partido esteve na iminência de estar nas mãos do Governo", disse um membros do partido à coluna. 

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