Guilherme Gonsalves escreve sobre política cearense com foco nas atuações Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) e Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), mostrando os seus bastidores desdobramentos no jogo político e da vida do cidadão. Repórter de Política do O POVO, setorista do Poder Legislativo, comentarista e analista. Participou do programa Novos Talentos passando pelas editorias de Audiência e Distribuição e Economia, além de Política. Também escreve sobre cinema para o Vida&Arte
Foto: Reprodução/Facebook
Patrícia Aguiar é prefeita da cidade de Tauá, no Ceará
O PSD ainda tenta ocupar espaço na chapa majoritária de situação para o Governo do Ceará em 2026. Para isso, Patrícia Aguiar, prefeita do município de Tauá, distante 307,85 km de Fortaleza, é cotada para deixar o cargo em abril do ano que vem para ser a indicada do partido a ocupar um dos cargos.
A sigla pleiteia o posto de candidato a vice do governador Elmano de Freitas (PT), uma das vagas ao Senado Federal ou a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Os desejos chegaram a ser manifestados pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, a Camilo Santana (PT), como a coluna mostrou em setembro. Elmano chegou a comentar publicamente sobre a intenção do PSD.
Patrícia é casada com Domingos Filho, presidente do PSD Ceará, ex-vice-governador e ex-presidente da Assembleia. Ela é cogitada para ser vice de Elmano. Para isto, ela teria que renunciar ao cargo de prefeita do Município seis meses antes das eleições, isso é, até abril de 2026.
Na conjuntura e pelos cálculos eleitorais do partido, ela não estaria apta apenas a ser vice-governadora na chapa encabeçada pelo PT, mas também a concorrer a uma vaga senatória ou voltar à Alece. Em 2018, Patrícia foi eleita deputada estadual. Em 2020, deixou o cargo ao ser eleita mais uma vez para a Prefeitura. No lugar dela, em 2022, concorreu para o Legislativo a filha dela, Gabriella Aguiar (PSD), que renunciou ao mandato no fim do ano passado para assumir como vice-prefeita de Evandro Leitão (PT) em Fortaleza.
O PSD ainda é considerado uma espécie de fiel da balança para a eleição no Ceará no ano que vem. O partido comanda 16 prefeituras no Estado, o maior número depois de PSB e PT. Entre elas está Caucaia, o maior município depois da Capital. É um peso de influência forte e é cobiçado pela oposição para fazer frente a base petista.
Por um lado, aliados governistas acreditam que o partido já esteja bem contemplado e não precise de mais espaços, deixando as demais vagas em aberto para outras siglas como PSB, MDB e Republicanos. Domingos Filho é secretário de Desenvolvimento Econômico de Elmano. Gabriella é a vice de Evandro e Domingos Neto (PSD), deputado federal e coordenador da bancada cearense em Brasília.
Porém, há a preocupação de que o PSD e o bloco liderado por Domingos Filho possam migrar para a oposição. Em 2022, o presidente estadual foi candidato a vice-governador na chapa de Roberto Cláudio (União Brasil). O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), é um dos que busca contato com o partido para tentar trazer para o bloco anti-PT.
A chapa majoritária para 2026 será composta por quatro funções mais destacadas: governador, vice-governador e duas vagas de senador. Haverá aindaquatro vagas de suplente — duas de cada um dos candidatos ao Senado.
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