Eleições em Fortaleza: Cid ausente, Ciro calado e Camilo no ataque
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Foto: divulgação
Campanha deverá reeditar cenas como Cid Gomes em motoneta para eleger seu candidato
Definitivamente, não era a campanha que se imaginava que seria em Fortaleza. Principal articulador do PDT no Ceará, o senador Cid Gomes (PDT) está relativamente ausente das atividades ao lado de Sarto. O próprio titular da chapa se recupera de Covid-19 há 15 dias.
Tampouco Ciro Gomes (PDT) tem sido visto. Do lado governista, os “padrinhos” estão longe. É possível que os números do Datafolha expliquem esse sumiço, mas não é do feitio dos irmãos assistir calados enquanto a briga se desenrola.
O mesmo não vale para Camilo Santana (PT). Pela segunda vez em menos de uma semana, o governador atravessou a disputa pela Prefeitura. Agora, para reafirmar críticas que já havia feito a Capitão Wagner (Pros), líder nas pesquisas e a quem responsabiliza por liderar motim da PM.
Nesta terça-feira, 20, Wagner não apenas negou que tenha liderado a paralisação. Disse também se tratar de fake news. Em síntese, chamou Camilo de mentiroso.
A reação foi imediata. Pelas redes, o petista foi ainda mais contundente nas críticas do que na semana anterior.
Camilo escreveu: “Fake news? As imagens de seus discursos inflamados para os grupos de encapuzados e amotinados? Sua luta pública para dar anistia aos envolvidos nos atos criminosos do motim contra a população? Capitão Wagner, se não se arrepende do que fez, pelo menos assuma os seus atos”.
Em tréplica, Wagner devolveu: “Interessante o governador falar em assumir atos. Quando os índices de violência caem, é mérito dele. Quando sobem, a culpa é dos outros. Enquanto isso, o Ceará segue como um dos estados mais violentos do Brasil. Ele, que não dialogou. O cacique do seu grupo usou uma retroescavadeira contra as pessoas. No meu mandato, vamos escutar todos”.
Por enquanto, a campanha pela sucessão ao Paço tem sido dominada por esse embate entre o governador e o principal nome da oposição. Camilo tem feito o que pode como contraponto, mas sua participação está limitada pela legislação eleitoral.
No segundo turno, a depender de quem avance, são outros quinhentos.
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