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"Espero que, em três meses, possamos fazer tudo que a CPI se propôs a fazer", diz Omar Aziz
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

"Espero que, em três meses, possamos fazer tudo que a CPI se propôs a fazer", diz Omar Aziz

Em entrevista ao O POVO neste domingo, 30, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que "ainda faltam dois meses" de trabalhos e que "é muito difícil fazer um prognóstico"
Tipo Notícia
Senador Omar Aziz (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado) (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado Senador Omar Aziz (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, sinalizou que a comissão pode se encerrar dentro dos três meses previstos de funcionamento da investigação, sem necessidade de prorrogação por igual período. 

Em entrevista ao O POVO neste domingo, 30, Aziz afirmou que “ainda faltam dois meses” de trabalhos e que “é muito difícil fazer um prognóstico”, mas que espera que, “em três meses, nós possamos fazer tudo que a CPI se propôs a fazer e chegar num denominador comum”.

De acordo com o senador, a exclusão de prefeitos das convocações iniciais sob análise do colegiado se justifica para que a comissão possa cumprir o seu prazo de 90 dias.

“Ficou definido que nós retiraríamos os prefeitos, senão ficaria muita gente e o prazo da CPI não seria concluído, e chamaríamos os governadores”, respondeu Aziz.

A íntegra da entrevista pode ser acessada nesta segunda-feira, 31, no O POVO+ e na edição impressa do O POVO.

Confira abaixo trecho da conversa, na qual o senador também trata da convocação de governadores para depor na CPI. Segundo o presidente da comissão, “essas pessoas não foram convocadas porque vai atrapalhar a investigação, mas porque o requerimento foi apensado e o escopo da CPI fala de governadores e prefeitos”.

“Agora, se é constitucional ou não”, declarou, “isso quem vai decidir é o Supremo. Eu fiz o meu papel convocando”.

O POVO – Vai ser preciso prorrogar a CPI ou não dá para saber ainda?

Omar Aziz – Só temos um mês de CPI, ainda faltam dois meses. É muito difícil fazer um prognóstico. Eu espero que, em três meses, nós possamos fazer tudo que a CPI se propôs a fazer e chegar num denominador comum.

O POVO – Os governadores acionaram o STF para não serem convocados pela CPI. Acha que isso pode enfraquecer de alguma maneira a comissão?

Aziz – Não. Veja bem, a CPI inicial, feita pelo senador Randolfe (Rodrigues), era investigar a omissão do Governo Federal e os problemas da cidade de Manaus, como a falta de oxigênio, que não foi só em Manaus, foi no estado de Amazonas. Foi um momento angustiante. Depois daquela conversa do Kajuru com o presidente, “vamos fazer do limão uma limonada”, “tem que investigar governadores”, “tem que ir atrás do dinheiro”, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) faz uma proposta de requerimento para investigar governadores e prefeitos. E aí ela foi apensada e de forma muito clara pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Ele diz o seguinte: fatos correlatos em que há recursos federais. Qual foi o critério para convocar esses nove governadores? O critério foi onde teve operação da PF. E nós convocamos o ex-governador Witzel porque era governador à época. Essas pessoas não foram convocadas porque vai atrapalhar a investigação, mas porque o requerimento foi apensado e o escopo da CPI fala de governadores e prefeitos. Agora, se é constitucional ou não, isso quem vai decidir é o Supremo. Eu fiz o meu papel convocando, inclusive o primeiro governador convocado foi o do meu estado, para não dizer que estou querendo proteger. Eu não tenho o direito, depois de tantas mortes, de querer proteger ninguém de ser responsabilizado por isso. Então quem for podre que se quebre. Porque o Brasil não pode ficar com recorde que nos dá muita tristeza. Eu acho que temos que ter neste momento equilíbrio e não fazer pré-julgamento. Acho que também falta muito pouco para a gente saber quem é esse “gabinete paralelo” que tinha e orientava o presidente. E depois ir atrás da fake news que propagou a indicação de uma forma irresponsável e assassina nas redes sociais.

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