No Nordeste, Lula tenta articular palanques estaduais
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
No Nordeste, Lula tenta articular palanques estaduais
Em Pernambuco, por exemplo, Lula sentou-se à mesma mesa do chefe do Executivo estadual, Paulo Câmara, e do prefeito do Recife, João Campos, ambos do PSB
De passagem por seis estados do Nordeste, entre eles o Ceará, onde desembarca nesta sexta-feira, 20, o ex-presidente Lula reúne governadores aliados, mas também potenciais parceiros para 2022.
Em Pernambuco, por exemplo, sentou-se à mesma mesa do chefe do Executivo estadual, Paulo Câmara, e do prefeito do Recife, João Campos, ambos do PSB.
A intenção, segundo o deputado José Guimarães (PT), é desatar alguns nós que possam criar dificuldades para futuras composições, principalmente nas disputas do ano que vem.
“Em Pernambuco, a reunião mais importante foi com o governador e o prefeito do Recife, o comando do PSB. Em Teresina, Lula reuniu, além do governador (Wellington Dias, do PT), cinco partidos: MDB, PSD, PSB, PCdoB e Psol”, contabiliza Guimarães, que o acompanhava na agenda.
Já no Ceará para encaminhar a visita de Lula ao estado, o parlamentar antecipa que a tônica das conversas tem sido em torno do desenvolvimento regional, de uma agenda anti-Bolsonaro e da formação de palanques estaduais.
Nesse ponto, o ex-presidente deve ter dificuldades para desatar impasses do cenário local, no qual o governador do Estado, Camilo Santana (PT), defende aliança com o PDT de Ciro Gomes, cujas críticas incisivas incomodam setores do PT.
Lula tem dois momentos com Camilo: um já nesta sexta-feira, 20, em jantar com o governador, e outro no sábado, quando visitam o Porto do Pecém. Do estado, o petista segue para o Rio Grande do Norte e depois Bahia, onde encerra a caravana.
Antes de deixar o Ceará, Lula encontra na segunda-feira próxima dirigentes partidários do PT e parlamentares de outras legendas, como MDB, PSB e Psol.
Deputado estadual psolista, Renato Roseno, que integra a comitiva que vai se encontrar com Lula, avalia que “vai ser uma conversa grande, genérica”, sem antecipar debates “sobre o cenário estadual de 2022”.
“Acho que a conversa vai ser mais nacional. Pelo que eu tenho entendido, são momentos mais genéricos mesmo. São curtos, com muitos sujeitos”, indica.
Alas do Psol têm aventado possibilidade de apoiar o ex-presidente ano que vem, caso ele realmente se apresente como candidato ao Planalto.
De acordo com Roseno, porém, essa decisão só será tomada na conferência eleitoral da legenda, já em 2022, e não agora.
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