Às vésperas do período da janela partidária, que vai de 3 de março até 3 de abril, o mercado político cearense se aquece.

Além dos grandes movimentos de siglas da base do governador Camilo Santana (PT) e da oposição, que se movem na tentativa de se fortalecer para o pleito, outros personagens se articulam nos dias que antecedem a essa dança das cadeiras.

Deputado federal, Junior Mano (PL) recebeu convite do senador Tasso Jereissati para ingressar no PSDB e concorrer à reeleição na Câmara, mas decidiu continuar no partido de Jair Bolsonaro.

“Agradecemos o convite do senador Tasso e do presidente Luiz Pontes. Temos total admiração e apreço pelo senador, homem honrado e de grande liderança no estado. Mas permaneceremos no PL”, disse Mano à coluna.

O parlamentar é aliado do prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, que também preside o PL no Ceará e cujo futuro político era incerto até o início de fevereiro, quando esteve ao lado de Bolsonaro em Jati, no interior cearense.

Reconduzido ao comando do partido no âmbito estadual, Acilon deve seguir na legenda e apoiar a candidatura de Bolsonaro e do nome mais ligado ao presidente no estado, o deputado federal Capitão Wagner (Pros), pré-candidato ao Abolição.

Assim como Mano, Acilon também era cotado para migrar ao ninho tucano. Em conversa com O POVO, o dirigente local do PSDB, Luiz Pontes, chegou a dizer que a ida do prefeito para a legenda estava praticamente certa. A mudança, contudo, não se efetivou.

Outro deputado federal cujos passos vinham sendo avaliados é Genecias Noronha. Principal liderança do Solidariedade no Ceará, o parlamentar negou que mantivesse conversas com o PSD de Domingos Filho ou com qualquer outra legenda.

À coluna, Genecias cravou: “Não tenho conversado com o PSD. Nem com outra legenda. Permaneço no SD”.

Também filiado ao SD, o deputado estadual Heitor Férrer está menos seguro de sua permanência na legenda. Questionado sobre seu futuro no partido e se haveria alguma agremiação em vista, ele brinca: “Me dá uma sugestão aí”.

Em seguida, falando a sério, Heitor conta que sobraram poucas legendas para recebê-lo (“as opções que estão aí na praça são muito limitadas”), mas que, em março, “junto com Genecias e Aderlania (Noronha), vou definir”.

“Não tomarei nenhuma decisão sem conversar com eles dois”, avisou Heitor, que dá continuidade à saga para encontrar um partido que possa chamar de seu.