"O PSDB está alinhado com Camilo", diz comando do partido no Ceará
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Em nota enviada à coluna neste sábado, 9, a direção estadual do PSDB afastou qualquer possibilidade de composição entre o partido e o PDT para a disputa ao Governo em 2022.
“O PSDB está unido. O presidente Chiquinho Feitosa e o senador Tasso Jereissati estiveram reunidos. O partido segue em frente nas discussões alinhado com Camilo Santana”, informou a legenda.
Feitosa tem se posicionado favoravelmente a uma reeleição da governadora Izolda Cela (PDT). Em conversa com a reportagem cerca de um mês atrás, essa já era a avaliação do tucano recém-chegado, que foi reforçada com a publicação de nota na última quinta-feira, 7.
No texto, o PSDB pede para participar ativamente do processo de escolha do candidato governista, afirma que a pesquisa feita pelo PDT a três meses da eleição não deve ser um “principal balizador” da definição e enfatiza que a capacidade de aglutinar apoios é mais importante nas costuras internas.
O documento foi divulgado no mesmo dia em que cinco partidos do arco de aliança de Izolda, entre eles PT, PV e MDB, manifestaram apoio à recondução da pedetista ao Abolição.
Como a coluna mostrou hoje, o senador Tasso Jereissati (PSDB) foi procurado pessoalmente pelo ex-prefeito Roberto Cláudio na última sexta-feira, 8.
O tucano foi sondado sobre a possibilidade de se lançar a um novo mandato no Senado numa chapa encabeçada por RC e tendo Domingos Filho (PSD) como candidato a vice-governador.
Tasso, que já havia dito que não concorreria a cargo eletivo, deve declinar do convite, mas pode sugerir nome de sua confiança para compor aliança com o grupo de RC e Ciro Gomes.
Entre tucanos e trabalhistas, o quadro mais citado é o ex-secretário da Saúde Carlos Roberto Martins Rodrigues, o Cabeto.
O assunto já foi inclusive tema de rodada de conversa entre o senador, o presidente Chiquinho Feitosa e o ex-presidente do partido, Luiz Pontes, sem qualquer decisão sobre como o PSDB deve participar do pleito caso haja ruptura entre PT e PDT.
Segundo uma fonte tucana, a tendência da sigla, na hipótese de racha, seria seguir o PDT e os Ferreira Gomes no estado, apoiando um nome indicado pelo partido para a corrida eleitoral – o mais cotado é precisamente Roberto Cláudio.
A articulação entre RC e Tasso sugere ainda que os canais de interlocução entre petistas e pedetistas estão provisoriamente fechados, com as agremiações investindo em composições com outras forças, de olho num provável cisma na aliança que governa o Ceará já há quase 20 anos.
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