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Iguatu está cansado de sofrer permanente tensão política
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Jornalista e bacharel em Comunicação Social e Direito

Iguatu está cansado de sofrer permanente tensão política

.Não se pode fazer política com se ainda estivéssemos na década de 1920. Um século já se passou e tudo mudou
Tipo Opinião
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Honório Bezerra Barbosa. Jornalista e bacharel em Direito. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Honório Bezerra Barbosa. Jornalista e bacharel em Direito.

Na coluna anterior, há 15 dias, abordamos o clima de tensão permanente na política que esse município vivencia há cerca de 30 anos. E, infelizmente, não há sinais de distensão. Pelo menos, enquanto uma das forças locais continuar ativa, ávida pelo poder municipal, não haverá trégua.

Permitam-me uma comparação: A Átila, o personagem da história universal, rei dos hunos, é atribuída a interpretação de que por onde o seu exército passava, não nasceria mais nem a grama. Deixava, portanto, um rastro de destruição, ante suas conquistas.

Na política, quando se ganha ou se perde e não há diálogo, as portas permanecem fechadas, falta urbanidade, respeito, e sobra exagero e prevalece a intolerância, a violência verbal ou física, as ameaças, o ambiente social torna-se um cenário de destruição, sem diálogo e tenso.

Essa tensão ocorre, infelizmente, em Iguatu, cidade polo da região Centro-Sul cearense. É praticamente impossível a vinda de um governador a este município sem que ocorra manifestações - vaias, atritos no palanque, confusão e troca de acusações entre lideranças partidárias.

O indutor desse problema todos conhecem. Em comparação anterior, seria o Átila da política cearense. Quem ganha e quem perde com desse quadro? Ninguém ganha, todos perdem.

O impedimento da vinda de um governador a esta cidade é um sinal grave e triste. Atos simples de uma inauguração, entrega de um equipamento público e de assinatura de uma ordem de serviço não podem ser feitos, temendo-se confusões e, certamente, repercussões negativas.

No dia a dia, divulgação de informações distorcidas nas redes sociais e em emissoras locais de rádio mantém acessa a chama da tensão política e da discórdia.

É claro que em uma sociedade democrática é necessária a existência da oposição, de forças e lideranças antagônicas, mas com o limite do respeito nas relações sociais.

Criar atritos até em sua base de sustentação política seria um absurdo, mas é isso que ocorre também no âmbito estadual, tendo a liderança como catalisador desse problema.

Insisto em concluir e reafirmar que esse quadro precisa passar. Não se pode fazer política com se ainda estivéssemos na década de 1920. Um século já se passou e tudo mudou. A maioria da população local não suporta mais esse tipo de situação. Já são 30 anos e tudo isso cansa. Basta.

 

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