
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
As finais do Brasileirão Feminino estão finalmente definidas. Para além do Corinthians, figurinha carimbada na decisão desde 2017, o Cruzeiro irá em busca da taça nacional após superar o Palmeiras dentro de casa nas semifinais. O ano das Cabulosas tem se mostrado até aqui como mais um case positivo para o futebol feminino brasileiro.
Não apenas pela evolução da equipe na temporada, que é notória — mas não chega a ser surpresa para quem acompanha a modalidade —, e sim pelo fortalecimento do time em diversos aspectos. Um ponto que chamou a atenção além do futebol jogado, foi a diferenciação dos patrocinadores estampados nas camisas do masculino e do feminino.
Em vez de simplesmente replicar patrocinadores do time masculino, como é comum no Brasil, o Cruzeiro buscou ir além. E que melhor estratégia para um time feminino do que fechar parceria com uma marca que dialogue diretamente com seu público-alvo? Foi o que aconteceu com a Neutrox.
A decisão se mostrou acertada: trata-se de uma marca voltada ao bem-estar e ao cuidado pessoal, que conversa tanto com as atletas, quanto com o público feminino, principal consumidor da modalidade. Também é digno de nota que a própria marca tenha entendido esse papel, reforçando em entrevistas que o objetivo era se aproximar desse imaginário.
“Acreditamos no poder transformador do esporte e na força das mulheres dentro e fora do campo. Apoiar o futebol feminino do Cruzeiro é um movimento natural para Neutrox, que valoriza a autoestima das atletas e mostra que o cuidado com os cabelos também é parte do pós-jogo. Queremos estar ao lado dessas mulheres, reforçando que se sentir bem também faz parte da competição”, destacou a coordenadora de marketing da Neutrox, Gabriela Silva.
Além do fortalecimento com marcas, o Cruzeiro conseguiu ainda — muito em função da boa campanha e do apoio constante do midiático Gabigol — aproximar a paixão celeste de seus torcedores. Na semifinal, 13.533 cruzeirenses se transformaram na 12ª jogadora e, de quebra, estabeleceram o novo recorde de público do futebol feminino de clubes em Minas Gerais.
O Cruzeiro provou que não é preciso inventar nada mirabolante para gerar impacto no futebol feminino. Estratégia, esforço e uma visão clara de quem a marca quer atingir já fazem diferença. Enquanto alguns clubes ainda se escondem atrás de desculpas, outros, como as Cabulosas, seguem mostrando que acreditar e investir vale a pena — dentro e fora de campo.
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