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Castanhão não recebe águas do Rio São Francisco desde maio; saiba os motivos
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É editor digital de Política do O POVO e apresentador do programa Jogo Político, interessado no mundo do poder, seus bastidores e reflexos sobre a sociedade. Entende a política como algo que precisa ser incorporado e discutido por todos. Já foi repórter de Política e também editor da rádio O POVO CBN.

Castanhão não recebe águas do Rio São Francisco desde maio; saiba os motivos

A paralisação já dura quatro meses e a transferência de recursos hídricos só deve ser retomada no ano quem vem
CASTANHÃO está com 10,31% da sua capacidade (Foto: JÚLIO CAESAR/O POVO)
Foto: JÚLIO CAESAR/O POVO CASTANHÃO está com 10,31% da sua capacidade

Principal reservatório do estado do Ceará, o açude Castanhão, que garante o abastecimento de 30 cidades - incluindo a Região Metropolitana de Fortaleza -, está desde o mês de maio sem receber águas da transposição do Rio São Francisco. A informação é da Secretaria Estadual dos Recursos Hídricos (SRH).

Segundo a pasta, a transferência de águas do Velho Chico para o Ceará começou em março e durou cerca de dois meses, sendo interrompida quando o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) decidiu fazer manutenções nas Estações de Tratamento do Eixo Norte e em trechos de canais. No mês da interrupção, o Castanhão estava com volume de 12,28% em relação à sua capacidade total. Agora em setembro, o percentual chegou a 10,3%, cenário considerado preocupante.

A paralisação no envio das águas para o estado, que antes era prevista para durar apenas 45 dias, já passa dos quatro meses, e só deve ser regularizada em 2022.

Isso porque, ainda de acordo com a Secretaria, concluídos os reparos, a prioridade do Governo Federal foi o envio de recursos hídricos para a Paraíba, onde os testes em trechos dos canais ainda não aconteceram. "O Eixo Norte da Transposição possui 240km e os testes só aconteceram em metade dos canais, até o Ceará. Neste segundo semestre, então, o Ministério priorizou a transferência de água para os testes dos demais canais, seguindo até a Paraíba", detalha.

A SRH ressalta ainda que solicitou tanto ao MDR quanto à Agência Nacional das Águas (ANA) que, a partir do primeiro semestre de 2022, a transferência das águas seja normalizada, aproveitando a quadra chuvosa. "O planejamento é que o Ceará receba uma quantidade maior de água no primeiro semestre, visto que, a transferência durante o período chuvoso possui menos perda e melhor eficiência", explica a pasta.

Veja imagens da chegada das águas do Rio São Francisco ao Castanhão

Foto do Ítalo Coriolano

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