Eduardo Bismarck está de volta à Câmara dos Deputados
João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Após 4 meses de licença, o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) retorna à Câmara dos Deputados. Durante o período, o parlamentar, que foi eleito um dos 100 deputados mais influentes do Congresso Nacional, aproveitou a oportunidade para organizar grupos políticos e fazer novos contatos e articulações. "Quem me acompanha sabe que eu não parei. Estive presente em Brasília colaborando com as bancadas cearense e pedetista e continuei desenvolvendo as atividades da coordenação da bancada do estado", afirmou Bismarck.
Ele retorna no lugar da deputada Ana Paula, que permaneceu no cargo por 120 dias, período em que priorizou o pagamento do piso da enfermagem. Ela volta para a Câmara Municipal de Fortaleza e ele, agora, foca na retomada das atividades oficiais. "Meu principal foco é na bancada cearense. O período de indicação de emendas ao orçamento de 2024 está próximo, portanto temos que nos organizar, fazer reuniões e articular a busca pelos recursos", contou à coluna.
CPIs terminam em pizza
As comissões parlamentares de inquérito que terminaram na semana passada na Câmara dos Deputados deixaram cheirinho de pizza no ar. Isso porque as investigações das CPIs das Americanas e das Apostas Esportivas terminaram com relatórios inconclusivos, sem apontar culpados e sem pedidos de indiciamento. Para se ter uma ideia, a comissão que investigou o rombo de R$ 40 bilhões nas Lojas Americanas não conseguiu, sequer, culpabilizar nenhum dos sócios da empresa.
Já a CPI do MST teve outro destino. O relatório do deputado Ricardo Salles (PL-SP) foi duro: pediu o indiciamento de 11 pessoas, entre elas o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional General Gonçalves Dias, mas o texto sequer foi votado. Após o pedido de vista coletivo, o presidente da CPI, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) não marcou mais sessões e a comissão foi encerrada. Esta foi a quinta CPI feita na Câmara dos Deputados para investigar o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra: todas elas terminaram sem conseguir imputar crimes ao MST.
José Guimarães tenta desobstruir a pauta na Câmara
O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães (PT-CE), evitou criticar o movimento de obstrução feito por parlamentares da oposição no Congresso Nacional. Parte das bancadas opositoras ao governo tentam impedir o prosseguimento dos trabalhos nas Casas Legislativas por não concordarem com as últimas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). "Fui informado de que os temas são questões relacionadas ao marco temporal e ao aborto, que não são pautas de governo. O governo não está tratando de pautas de costumes, nem deve tratar", apontou Guimarães.
A preocupação do governo, porém, está no Senado. Os parlamentares precisam aprovar o programa Desenrola Brasil nesta segunda-feira. Caso contrário, as negociações feitas pelos bancos perdem efeito. "Estamos trabalhando em solidariedade ao Jacques Wagner (PT-BA) e ao Randolfe Rodrigues (sem partido) - líderes do governo no Senado e no Congresso. É importante destravar a pauta do Senado. Não é questão de governo, é questão de Brasil", destacou.
O Desenrola Brasil caiu nas graças da população brasileira, que já renegociou R$ 151 bilhões em 4 meses. O programa já foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou sessão para aprovar a matéria nesta segunda-feira.
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