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Nem o PL gostou dos aplausos de André Fernandes
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Nem o PL gostou dos aplausos de André Fernandes

O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, reprovaram a iniciativa do deputado cearense
Tipo Análise
ANDRÉ Fernandes, deputado federal (Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados)
Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados ANDRÉ Fernandes, deputado federal

Plenário da Câmara cheio, dia de presença obrigatória dos deputados. Pouco depois das 15 horas, o deputado André Fernandes (PL) pede a palavra e dispara: "Como já foi dado um minuto de silêncio aos quatro policiais militares e civis [mortos] ali no Rio de Janeiro, eu gostaria de pedir que essa Casa fizesse neste exato momento um minuto de aplausos para os mais de 100 bandidos assassinados no Rio de Janeiro. Então eu peço um minuto de aplausos para que esse número possa chegar a 200, 300, quantos sejam necessários". Ele e outros radicais do PL começaram, então, a comemorar as mortes.

A coluna repercutiu o ato com nomes fortes do PL. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, reprovou a conduta. “Não dá para aprovar, né?!”, disse. Já o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que é do Rio de Janeiro, foi além nas críticas. “Discordo totalmente e veementemente. Ele está empolgado, é um garoto, eu respeito a opinião dele, pois sou um democrata, mas não concordo”, lamentou.

Perguntado se condena o ato, Sóstenes disse que não. "Eu reprovo as coisas que os petistas dizem aqui. Há pouco, estavam relativizando o tráfico. O André foi infeliz, eu lamento, mas não condeno", apontou.

André foi repreendido por parte da Executiva Nacional do PL. Não houve bronca, mas um pedido para que ele espere os desdobramentos da operação antes de tomar qualquer medida polêmica.

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