São Paulo - A startup Agenda Edu, fundada em Fortaleza, foi vendida para a Eleva Educação (que tem o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann como acionista) por valor não revelado. O Blog conversou com Anderson Morais o criador da Agenda Edu. Ele agora vai seguir na Eleva como farejador de novas ideias como a que ele criou. A Agenda Edu consiste em um aplicativo que faz engajamento de alunos, pais e professores de escolas públicas e particulares, cursos livres e cursos de idiomas. A Eleva se prepara para fazer IPO.

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O POVO - Como surgiu a proposta?
ANDERSON MORAIS - Do meio do ano passado para cá, a gente acabou encontrando a Eleva. Vimos a história dos caras. E ficamos apaixonados pela cultura, pelos valores muito parecidos com os nossos e pelo time de excelência. E aí não deu outra. Ao longo dos últimos anos, a gente vinha sendo muito sondado por grande grupos de educação, mas a gente nunca encontrou um grupo que fizesse sentido e tivesse sinergia muito grande de propósito.

OP - Como será o modelo de gestão?
Anderson - Eu continuo como CEO e assumo essa nova Business Unit (unidade de negócio). O Grupo já tinha uma BU de escolas de excelência, de escolas premium, de plataforma de ensino e agora terá a quarta, focada em tecnologia e novos negócios, com essa visão de criar um ecossistema de soluções integradas para que ajudem a melhorar o desempenho dos alunos e a eficiência das escolas. Eu brinco que o desafio elevou. Não tem passagem de bastão.
OP - O que você diria a quem toca hoje uma startup em fase anterior à sua?
Anderson - A história da Agenda Edu está aí para comprovar que tudo é possível. Você olha pra gente que saiu de uma Startup Weekend, um evento de final de semana, e conseguiu escalar um negócio, ter mais de duas mil escolas, 1,5 milhão de usuários e hoje está conseguindo concluir esta operação com um dos maiores grupos educacionais do Brasil...olhando para redes de escola, escolas própias, a gente é, isoladamente líder de mercado, com quase 100 mil alunos em todas as unidades próprias e um grupo de excelência com aspirações extraordinárias, como é o caso da Eleva...tudo é possível não só para quem tem a ideia, mas para quem tem foco na execução, excelência nas entregas, fazer com agilidade, mas fazer bem feito, fazer estruturado. Acreditar no problema que você a resolver e ter essas características. Esta é a dica que eu diria para quem está começando.
OP - Como manter a essência do negócio?
Anderson - A essência da Agenda Edu permanece completamente. Os três pilares da nossa culltura que já eram escola, propósito e família. Isto está cada vez mais evidente que precisam ser evidenciados, escalados e elevados para um novo nível. Brilho no olho e mão na massa.
OP - Você vai farejar novos negócios. O que será determinante para descartar uma startup?
Anderson - Eu e o Guilherme Cintra vamos fazer de foma colaborativa. Ele vem de história muito louvável. Foi do Gera (Venture) e depois foi diretor de escola. Tocou durante alguns ano o braçoi de inovação da Eleva e agora ele vai ser o meu braço direito e esquerdo. Vamos trabalhar de mãos dadas para fazer esse negócio rodar. A gente precisa de negócios que façam sentido dentro da nossa estratégia de longo prazo, que tenham times fundadores com grande propósito e qualidade dentro dessas entregas. Excludente seria não ter um destes fatores.
OP - Qual o valor da operação?
Anderson - Sobre a questão dos valores, não posso revelar. Estamos em período de silêncio por conta do IPO, mas como já foi anunciado, será parte em dinheiro e parte em ações do grupo